A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, reafirmou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, seu compromisso com a exploração de petróleo na Margem Equatorial, localizada entre as costas do Amapá e do Rio Grande do Norte. Segundo ela, a atividade é essencial para garantir o futuro da estatal.
“Não existe futuro para uma empresa de petróleo sem exploração”, afirmou Chambriard, destacando que o plano de emergência enviado ao IBAMA é o mais robusto já desenvolvido pela companhia para águas profundas e ultraprofundas.
A executiva explicou que a perfuração será feita a 540 quilômetros da ilha de Marajó, bem distante da foz do rio Amazonas, o que, segundo ela, desmonta parte das críticas associadas ao risco ambiental na região.
“Se a sociedade confia na Petrobras para perfurar no pré-sal, próximo a Copacabana, por que não confiar na exploração no Amapá?”, questionou. Ela também reforçou que a Petrobras tem a obrigação de cumprir rigorosamente todas as condicionantes ambientais exigidas.
Expansão na África
Além do foco na Margem Equatorial, Chambriard revelou que a Petrobras estuda retomar operações na costa da África, especialmente na Nigéria, após dez anos fora da região. Segundo ela, a expertise brasileira em exploração de águas profundas é um diferencial competitivo no mercado global.
“Vamos explorar no Brasil e fora dele, onde houver oportunidade dentro do nosso nicho, que são águas profundas e ultraprofundas”, afirmou.
O interesse foi confirmado também pelo ministro das Relações Exteriores da Nigéria, Yusuf Tuggar, que disse que a Petrobras está “muito interessada” em investir novamente no país africano.
Polêmica sobre slogan
Magda também comentou uma polêmica recente, quando, durante uma palestra nos Estados Unidos, utilizou a expressão “Let’s drill”, semelhante ao slogan de campanha do ex-presidente americano Donald Trump. Ela esclareceu que a frase foi usada devido ao contexto local e não tem qualquer relação política.
“Não poderia dizer ‘Vamos perfurar’ em português, eu estava nos EUA. Lá, perfurar é ‘Let’s drill’”, explicou, ressaltando que sua fala foi dirigida ao governador do Amapá, Clécio Luís, e a representantes da região, reforçando o compromisso da estatal com o desenvolvimento econômico do estado e do país.
“O papel de uma estatal é ajudar no desenvolvimento do Brasil”, concluiu.
Compartilhe este artigo do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.