O cirurgião-dentista Kerlison Paulino de Oliveira, responsável pela reconstrução facial de Juliana Soares, de 35 anos, afirmou que as lesões causadas pela agressão que ela sofreu são comparáveis às provocadas por um acidente automobilístico grave. Juliana foi brutalmente agredida com 61 socos pelo então namorado dentro do elevador de um condomínio em Natal (RN), em um crime que causou revolta nacional.
“Eu comparo com um acidente de carro pelo padrão das fraturas. Não é comum vermos esse tipo de dano em agressões físicas. Foram múltiplas fraturas e incontáveis fragmentos grandes e pequenos”, declarou o especialista em entrevista ao UOL, logo após o procedimento cirúrgico.
A operação, inicialmente prevista para durar cerca de cinco horas, se estendeu por nove, tamanho o desafio imposto pela complexidade das lesões no rosto da vítima.
O caso acende um alerta sobre a gravidade da violência doméstica no Brasil. Juliana Soares está sob cuidados médicos e segue em processo de recuperação. A identidade do agressor, ex-jogador de basquete Igor Eduardo Pereira Cabral, foi revelada após imagens de câmeras de segurança registrarem o momento da violência no interior do elevador.
Entidades de defesa dos direitos das mulheres têm cobrado punição exemplar e reforçado campanhas de prevenção, acolhimento e denúncia de casos de agressão.
O caso segue em investigação, e a expectativa é de que o agressor responda por tentativa de feminicídio.
Denuncie:
Violência contra a mulher pode ser denunciada pelo número 180, disponível 24 horas por dia.
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