A quatro dias da entrada em vigor da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil mantém conversas com o governo americano “com reserva”. Segundo ele, o foco desta semana está nas negociações comerciais, embora um plano de contingência para setores afetados esteja em elaboração.
“Nós estamos permanentemente no diálogo e quero dizer a vocês que nós estamos dialogando neste momento pelos canais institucionais e com reserva”, disse Alckmin, em entrevista após o lançamento do Programa Acredita Exportação, nesta segunda-feira (28).
Sem entrar em detalhes sobre as tratativas ou sobre o plano de apoio aos exportadores, Alckmin garantiu que a proposta está sendo construída com solidez. “O plano de contingência está sendo elaborado, bastante completo, bem feito”, afirmou.
Na semana anterior, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o plano seria apresentado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva nesta semana. Entre as medidas cogitadas estão linhas de crédito especiais para empresas exportadoras impactadas pela taxação norte-americana.
Incentivo às exportações: Acredita Exportação
Durante o evento, Alckmin também destacou o novo programa Acredita Exportação, cuja regulamentação foi assinada por Lula nesta segunda-feira. A iniciativa visa estimular micro e pequenas empresas exportadoras, em linha com os princípios defendidos pelo governo federal, como o multilateralismo.
“O projeto vem em boa hora, reafirmando valores que o Brasil defende, como multilateralismo”, disse Alckmin.
O programa prevê, a partir de 1º de agosto — mesma data da entrada em vigor da tarifa americana —, o ressarcimento de até 3% da receita obtida com exportações. Esse reembolso poderá ser feito diretamente ou via compensação de tributos federais.
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