Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que pretende divulgar informações sigilosas que, segundo ele, revelam a verdadeira atuação do ministro. Ele publicou a declaração nas redes sociais nesta quarta-feira (30), dizendo ter sido “destruído” por Moraes e prometendo expor os bastidores do gabinete do magistrado.
“Logo estarei mostrando para o Brasil quem é Alexandre de Moraes e os bastidores do seu gabinete”, afirmou Tagliaferro, que atualmente vive na Itália. Sem apresentar provas, ele sugeriu que havia um tratamento diferenciado para temas de direita, enquanto “nada da esquerda” era incluído em relatórios e encaminhamentos oficiais.
Além das postagens com críticas ao ministro, Tagliaferro chegou a divulgar sua chave Pix para receber doações, alegando que precisa de ajuda financeira para seguir com o que chama de “missão pela verdade”.
A reação foi imediata. O Banco Central informou que bloqueou as contas bancárias, cartões e chaves Pix de Tagliaferro por ordem do STF, a pedido do próprio Moraes. A medida foi executada no âmbito do Inquérito nº 12936/DF, que apura possível violação de sigilo funcional e vazamento de informações confidenciais do tribunal.
Tagliaferro já havia sido afastado do cargo em 2023 após uma prisão em flagrante por violência doméstica. Em 2025, foi indiciado pela Polícia Federal por ter supostamente repassado documentos internos à imprensa, incluindo reportagens que deram origem ao escândalo apelidado de “Vaza Toga”.
O ex-assessor atuava como chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), um cargo de confiança durante a gestão de Moraes como presidente da Corte Eleitoral.
Até o momento, o Supremo Tribunal Federal não se manifestou publicamente sobre as novas declarações de Eduardo Tagliaferro.
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