O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decretou nesta quarta-feira (4) a prisão da deputada federal Carla Zambelli, que confirmou estar fora do país. A decisão foi motivada pela recente condenação da parlamentar por envolvimento na invasão ao sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), com a ajuda do hacker Walter Delgatti.
Além da prisão, Moraes determinou o bloqueio de todos os bens de Zambelli, incluindo imóveis, contas bancárias e verbas da Câmara. O passaporte diplomático foi cassado, assim como o acesso às redes sociais da deputada. Plataformas como X, Instagram, TikTok e YouTube foram notificadas e tiveram até duas horas para cumprir o bloqueio.
A Polícia Federal foi acionada para incluir o nome de Zambelli na lista de procurados da Interpol e apurar seu paradeiro atual, a fim de viabilizar um pedido de extradição. Segundo Moraes, há indícios de que Zambelli buscava continuar publicando conteúdos com ataques ao processo eleitoral brasileiro, mesmo após a condenação.
A deputada ainda responde a outro processo no STF, por ter sacado uma arma e perseguido um jornalista em 2022, episódio que voltou a mencionar em transmissão ao vivo.
Em nota, Zambelli classificou a decisão como “ilegal, inconstitucional e autoritária”, alegando que a prisão viola a imunidade parlamentar. Ela também denunciou o bloqueio de contas de familiares, incluindo a da mãe, pré-candidata a deputada federal.
A condenação da Primeira Turma do STF também prevê a perda do mandato de Zambelli, que se tornará definitiva após o julgamento dos embargos, previsto para ocorrer até 13 de junho. Ela e Delgatti foram condenados ao pagamento de R$ 2 milhões por danos morais coletivos.
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