O técnico da seleção brasileira, Carlo Ancelotti, foi condenado nesta semana a um ano de prisão na Espanha por fraude fiscal, em um caso relacionado ao período em que comandava o Real Madrid, em 2014. A Justiça espanhola também determinou o pagamento de uma multa de 387 mil euros, equivalente a cerca de R$ 2,4 milhões, e a suspensão de acesso a subsídios públicos por três anos.
Segundo a acusação do Ministério Público, Ancelotti deixou de declarar corretamente os rendimentos obtidos com direitos de imagem naquele ano. O treinador foi absolvido de uma acusação semelhante relativa a 2015. Ao todo, ele teria sonegado 1.062.079 euros (cerca de R$ 6,6 milhões) durante os dois anos, segundo a imprensa espanhola.
Durante o julgamento, realizado em abril, Ancelotti afirmou que não teve a intenção de fraudar o sistema tributário e que o modelo de pagamento foi proposto pelo próprio Real Madrid, prática que, segundo ele, era comum entre jogadores e treinadores do clube.
— Eu só queria receber meu salário líquido. Não sabia que estava fazendo algo errado. Nunca recebi nenhuma notificação de que estava sendo investigado — declarou o técnico ao Tribunal Superior de Justiça de Madri.
Apesar da condenação, a legislação espanhola prevê que penas inferiores a dois anos por crimes não violentos dificilmente são cumpridas em regime fechado por réus primários.
O treinador desembarca nos Estados Unidos nesta sexta-feira (12) para acompanhar a final do Mundial de Clubes. Com a eliminação do Fluminense, Ancelotti não poderá ver clubes brasileiros em campo, mas assistirá à partida do Real Madrid, seu ex-time, que enfrenta o PSG na decisão.
Até o momento, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não se manifestou sobre a condenação de Ancelotti.
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