O setor de serviços do Brasil registrou crescimento de 0,1% em maio de 2025 na comparação com abril, marcando o quarto resultado positivo consecutivo, segundo dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada nesta sexta-feira (11) pelo IBGE. Com esse avanço, o setor acumula alta de 1,6% nos últimos quatro meses e permanece 17,5% acima do patamar pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020.
Em relação a maio de 2024, o volume de serviços apresentou crescimento de 3,6%, completando 14 meses consecutivos de taxas positivas nessa base de comparação.
Destaques do mês
O principal impulsionador da expansão foi o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares, que cresceu 0,9% em maio e acumula alta de 2,9% desde janeiro. Entre os destaques dentro desse grupo, estão os serviços técnico-profissionais, como agenciamento de espaços publicitários, engenharia e intermediação de negócios por plataformas digitais.
Outros setores também apresentaram resultado positivo, como os “outros serviços” (1,5%) — que recuperaram parte da perda de 2,1% entre março e abril — e informação e comunicação (0,4%).
Por outro lado, os transportes (-0,3%) e os serviços prestados às famílias (-0,6%) registraram queda. “O transporte foi o principal impacto negativo do mês, com recuos em logística e transporte marítimo, mas ainda mantém ganhos acumulados nos meses anteriores”, explicou o analista do IBGE, Rodrigo Lobo.
Acumulado e série histórica
No acumulado de janeiro a maio de 2025, o setor de serviços avançou 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Já no acumulado de 12 meses, a alta foi de 3,0%, ritmo superior ao registrado em abril (2,7%).
O nível de atividade de maio igualou o ponto mais alto da série histórica, registrado em outubro de 2024, segundo o IBGE.
Transporte de passageiros sobe, cargas recuam
O transporte de passageiros cresceu 3,3% em maio, quarto avanço mensal consecutivo e acumulando 11,4% de alta no período. O segmento está 9,4% acima do nível pré-pandemia, mas ainda 16% abaixo do pico registrado em 2014.
Já o transporte de cargas recuou 0,5%, segunda queda seguida, e acumula perda de 0,7%. Ainda assim, permanece 34,4% acima do nível de fevereiro de 2020.
Resultados regionais
Apenas nove das 27 unidades da federação registraram alta no volume de serviços na comparação com abril. Os principais crescimentos foram observados em São Paulo (0,8%), puxado por serviços financeiros e transporte rodoviário de cargas, e no Rio de Janeiro (1,8%), com destaque para o transporte aéreo de passageiros e a logística urbana.
Na comparação com maio de 2024, 21 unidades federativas apresentaram crescimento. São Paulo (5,6%), Santa Catarina (5,7%) e Distrito Federal (4,9%) lideraram as altas, enquanto o Rio Grande do Sul (-9,2%) e Tocantins (-5,7%) tiveram os piores resultados.
Turismo recua em maio, mas mantém crescimento anual
O índice de atividades turísticas recuou 0,7% em maio, após alta de 3,2% em abril, permanecendo 12,4% acima do nível pré-pandemia. Nove das 17 unidades pesquisadas acompanharam essa queda, com destaque para São Paulo (-2,7%) e Pernambuco (-3,3%).
Em comparação com maio de 2024, o turismo cresceu 9,5%, com destaque para Rio de Janeiro (22,2%), Rio Grande do Sul (49,8%), Bahia (12,5%) e Paraná (10,6%). Minas Gerais foi a única unidade com queda no setor (-1,7%).
Sobre a pesquisa
A PMS acompanha a receita bruta dos serviços de empresas formais com 20 ou mais empregados, excluindo os setores de saúde e educação. A próxima divulgação, referente a junho, está prevista para o dia 14 de agosto.
*Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
Siga o GIRO CAPIXABA no Instagram