O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, abriu nesta terça-feira (17), em Brasília, a 15ª Reunião de Ministros da Saúde do Brics, destacando o papel estratégico da nova configuração ampliada do bloco, agora com 11 países-membros e 10 parceiros.
O encontro, realizado no Palácio Itamaraty, ocorre em um momento global considerado “desafiador”, marcado por crises sobrepostas, incluindo conflitos armados, instabilidade política e enfraquecimento de instituições multilaterais como a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“Ao processo saúde-doença e seus determinantes, somam-se impensáveis ataques a trabalhadores e instalações sanitárias em territórios em combate, que o Brasil reprova com veemência”, afirmou Padilha, em referência a episódios recentes, como os registrados na Faixa de Gaza.
O ministro criticou ações de governos que vêm desinvestindo na saúde global. Sem citar nomes diretamente, Padilha mencionou a decisão de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, de retirar o país da OMS, atitude que teria causado uma das maiores rupturas no financiamento internacional da saúde.
“Enquanto alguns presidentes cortam investimentos e cancelam contratos de pesquisa e produção de vacina, temos que ser capazes de liderar um mundo que aposta na ciência, na transferência de tecnologias, em salvar vidas”, pontuou.
Segundo ele, em um contexto de escassez de suprimentos e ataques a hospitais, a cooperação entre países do Brics e seus parceiros “não é apenas desejável, mas indispensável”.
Brics Ampliado
O bloco, inicialmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, agora inclui também Arábia Saudita, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Indonésia e Irã, somando cerca de 48,5% da população mundial.
Na 16ª Cúpula do Brics, realizada em Kazan (Tartaristão), em outubro de 2024, foi criada a categoria de país parceiro, que hoje reúne Vietnã, Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Nigéria, Tailândia, Uganda e Uzbequistão.
A nova composição foi elogiada por Padilha por trazer mais diversidade cultural e potencial de transformação para as políticas públicas de saúde.
*Com informação da Agência Brasil.Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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