O Ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o Vice-Ministro da Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma da China, Wang Changlin, assinaram nesta segunda-feira (11/8), em Pequim, um Memorando de Entendimento que estabelece novas bases para o intercâmbio de experiências e a cooperação em políticas de desenvolvimento regional entre Brasil e China.
O documento consolida o compromisso firmado entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping de elevar a relação bilateral ao patamar de Comunidade Brasil–China de Futuro Compartilhado para um Mundo Mais Justo e um Planeta Mais Sustentável, com foco na interconectividade e no desenvolvimento regional sustentável.
O acordo reconhece a importância de políticas públicas e projetos voltados à redução das desigualdades territoriais, promovendo o fortalecimento da atuação dos governos locais e a melhoria da qualidade de vida da população.
“Brasil e China compartilham desafios e oportunidades semelhantes no combate às desigualdades e na promoção de um crescimento mais equilibrado entre as regiões. Essa cooperação é estratégica para o intercâmbio de conhecimentos técnicos e boas práticas”, afirmou Góes.
Áreas prioritárias
O memorando prevê ações em áreas como:
- Fortalecimento da cooperação subnacional;
- Incentivo à inovação regional;
- Otimização da distribuição de atividades produtivas;
- Governança ecológica de biomas e bacias hidrográficas;
- Realização de seminários Brasil–China sobre políticas regionais;
- Promoção de estudos de caso, visitas técnicas e capacitações conjuntas.
Wang Changlin destacou que China e Brasil defendem o multilateralismo e estão dispostos a ampliar a troca de informações sobre infraestrutura, desenvolvimento verde e inovação tecnológica. Ele também propôs que, no próximo ano, seja realizado o primeiro diálogo de alto nível sobre políticas de desenvolvimento regional entre os dois países.
Além do aspecto político e técnico, Waldez Góes ressaltou o potencial para ampliar o comércio de produtos da bioeconomia brasileira, especialmente do Nordeste e da Amazônia, como café, açaí, cupuaçu, cacau, azeite e coco.
Comunidade Brasil-China
A formação da Comunidade de Futuro Compartilhado Brasil-China integra uma agenda estratégica de longo prazo, alinhando a iniciativa chinesa Cinturão e Rota a programas brasileiros como o Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana.
Para reforçar essa integração, a NDRC convidou 24 representantes de alto escalão do Ministério do Planejamento e Orçamento e da Casa Civil para um seminário sobre desenvolvimento econômico, em parceria com o MIDR.
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