Mesmo com os plenários da Câmara e do Senado ocupados por parlamentares aliados de Jair Bolsonaro (PL), o Congresso Nacional decidiu manter a agenda de votações desta semana. A mobilização bolsonarista, iniciada na segunda-feira (4), tem como alvo a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que autorizou prisão domiciliar ao ex-presidente, réu por tentativa de golpe de Estado.
No Senado, o presidente Davi Alcolumbre (União-AP) determinou que a sessão de quinta-feira (7) será realizada de forma remota para evitar conflitos. Ele afirmou que a prioridade será a votação do projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos.
“O Parlamento não será refém de ações que visem desestabilizar seu funcionamento. A democracia se faz com diálogo, mas também com responsabilidade e firmeza”, declarou Alcolumbre em nota oficial.
Já na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) manteve a sessão presencial prevista para esta quarta-feira (6) e foi categórico ao afirmar que qualquer tentativa de obstrução dos trabalhos resultará em sanções imediatas. Segundo ele, a Polícia Legislativa poderá ser acionada para garantir a ordem no plenário.
“A condução dos trabalhos será mantida. Não aceitaremos intimidações nem ações que comprometam o funcionamento da Casa”, afirmou Motta a líderes partidários.
As medidas demonstram a disposição das lideranças do Congresso em conter a radicalização e garantir o andamento das votações, mesmo diante de uma nova onda de pressão de setores da oposição bolsonarista.
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