A partir do dia 20 de agosto de 2025, cidadãos da Zâmbia e do Malaui que solicitarem vistos temporários de turismo (B-2) ou negócios (B-1) para os Estados Unidos deverão pagar uma caução que varia entre US$ 5 mil e US$ 15 mil, de acordo com comunicado do Departamento de Estado norte-americano divulgado nesta terça-feira (5).
A nova medida integra um projeto-piloto com duração de 12 meses e tem como objetivo garantir que os viajantes retornem aos seus países de origem dentro do prazo legal de permanência nos EUA. Segundo o governo americano, a exigência será determinada caso a caso, durante a entrevista consular, e não garante a emissão do visto.
“Cidadãos portadores de passaportes da Zâmbia e Malaui considerados elegíveis para o visto B1/B2 deverão apresentar uma caução no valor determinado durante a entrevista”, detalhou o comunicado oficial.
Como funciona a caução
O valor da caução deverá ser pago por meio da plataforma Pay.gov, do Departamento do Tesouro dos EUA, e formalizado via Formulário I-352, do Departamento de Segurança Interna. A regra vale para qualquer lugar onde o visto seja solicitado.
A devolução do valor ocorrerá somente se o solicitante cumprir integralmente os termos do visto e do formulário, como deixar os EUA na data autorizada, não utilizar o visto antes de vencê-lo e não tentar alterar o status migratório.
Entre as situações que impedem a devolução da caução, estão:
- Permanência nos EUA após a data autorizada;
- Solicitação de ajuste de status, incluindo pedido de asilo;
- Violar qualquer condição do visto de não imigrante.
Entrada restrita
Os viajantes dessas nacionalidades deverão entrar nos EUA exclusivamente por três terminais: Aeroporto Internacional de Boston, John F. Kennedy (Nova York) e Washington Dulles.
O pagamento antecipado não autorizado da caução também não será reembolsado, conforme alerta o governo. Apenas candidatos instruídos por um agente consular devem realizar o depósito.
Medida não afeta brasileiros
Até o momento, o projeto-piloto se aplica apenas a cidadãos da Zâmbia e do Malaui. O Brasil não está incluído na lista inicial divulgada pelo Departamento de Estado.
A medida é válida para os vistos B-1 (negócios temporários) e B-2 (turismo, visita a familiares ou tratamento médico) — categorias comumente utilizadas por quem visita os Estados Unidos por curtos períodos.
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