Na manhã desta sexta-feira (25), centenas de fãs se reuniram em frente ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro para prestar as últimas homenagens à cantora Preta Gil, falecida no domingo (20), aos 50 anos, em decorrência de complicações causadas por um câncer de intestino.
Antes mesmo do início oficial do velório público, previsto para as 9h, uma longa fila já se formava no local. O acesso foi permitido até as 13h.
Emoção e representatividade
Entre os primeiros da fila estava a comerciante Isabela Prudente, que expressou a dor da perda e a admiração pela artista.
“A Preta me representa: mulher gorda, preta, LGBT… Ela simboliza a força, a alegria do carnaval e a resistência. Assim como eu acordava cedo pra ir pro bloco dela, hoje estou aqui para dar meu último adeus.”
Isabela e outras fãs se reuniram para cantar “Sinais de Fogo”, um dos maiores sucessos da carreira de Preta Gil, em um gesto de carinho e respeito à memória da artista.
A empregada doméstica Tereza Marques dos Santos, de 80 anos, também esteve presente e chegou às 6h15 para garantir sua despedida.
“Ela e o pai dela, Gilberto Gil, sempre trouxeram alegria ao Brasil. Desejo força à família, ao filho, à neta… Que ela descanse em paz.”
Cortejo e homenagem nas ruas
Após o velório, o corpo de Preta Gil seguiu em cortejo em carro do Corpo de Bombeiros pelas ruas do Circuito de Carnaval de Rua Preta Gil, recentemente criado no Centro do Rio em homenagem à artista. O trajeto terminou no Crematório da Penitência, no Caju, onde ocorreu a cerimônia de cremação.
Legado de força e alegria
Filha de Gilberto Gil, Preta Gil marcou gerações com sua música, carisma e luta por representatividade. Foi símbolo de alegria, diversidade, amor-próprio e resistência, sendo uma voz ativa em causas sociais e culturais no Brasil. Sua partida deixa uma lacuna na cultura nacional, mas também um legado de inspiração e empoderamento.
*Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Espírito Santo.
Siga o GIRO CAPIXABA no Instagram