A Temporada da França no Brasil contará com mais de 300 eventos culturais em 15 cidades brasileiras, entre agosto e dezembro de 2025. A iniciativa celebra os 200 anos das relações diplomáticas entre Brasil e França e inclui uma programação variada, com encontros, exposições, shows, fóruns, cinema, gastronomia e atividades acadêmicas. Os detalhes foram apresentados nesta terça-feira (1º), durante coletiva de imprensa no Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo.
O embaixador da França no Brasil, Emmanuel Lenain, destacou a importância da iniciativa como símbolo da cooperação entre os países. “Nunca tivemos conflitos. Nossas relações são marcadas por uma admiração recíproca, especialmente na vida artística e intelectual”, afirmou. Para ele, a temporada busca criar laços duradouros que ultrapassem o período dos eventos.
A edição de 2025 faz parte de uma temporada cruzada: no primeiro semestre, o Brasil apresentou sua cultura em território francês; agora, é a vez da França mostrar sua diversidade cultural ao público brasileiro. As temporadas culturais já têm histórico entre os dois países — com destaque para os anos de 2005 e 2009, durante o primeiro mandato do presidente Lula.
Segundo o embaixador Marco Antonio Nakata, diretor do Instituto Guimarães Rosa (ligado ao Itamaraty), experiências anteriores mostram o impacto positivo dessas iniciativas, inclusive no turismo e na imagem internacional do Brasil. “Em 2005, após o Ano do Brasil na França, o número de turistas franceses no país aumentou 23%. Esperamos resultados semelhantes agora, potencializados pelas redes sociais e pela abrangência da programação”, afirmou.
A temporada atual aborda três eixos temáticos definidos pelos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Emmanuel Macron: diversidade e diálogo com a África, democracia e Estado de direito, e clima e transição ecológica.
Para a comissária geral da Temporada França-Brasil, Anne Louyot, o objetivo é promover o diálogo cultural. Representante do Instituto Francês, ela destacou a importância de uma cultura “viva, em movimento, como ferramenta de transformação”. Parte da programação visa apresentar ao Brasil uma França menos conhecida, incluindo as produções dos territórios ultramarinos franceses, como Guiana Francesa, Guadalupe e Martinica.

“Essas culturas do Caribe francês têm muita afinidade com o Brasil. Mostrar essa diversidade é uma forma de renovar nossa amizade”, explicou Louyot. Cerca de um terço dos eventos previstos será fruto de parcerias entre artistas ou instituições dos dois países.
As cidades que receberão a programação são: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Salvador, Recife, Fortaleza, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Campinas, São Luís, Teresina, João Pessoa e Macapá.
A programação completa será divulgada no site oficial da temporada até o dia 15 de agosto. Até lá, os destaques já estão disponíveis para consulta.
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