O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Diego Dias Ventura a 14 anos de prisão por envolvimento nos atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), o réu foi um dos líderes do acampamento instalado em frente ao Quartel-General do Exército e participou ativamente da invasão à Praça dos Três Poderes.
O julgamento ocorreu no plenário virtual da Primeira Turma do STF e foi concluído nesta segunda-feira (30). O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, destacou que Diego coordenou a logística do acampamento e integrou os atos antidemocráticos que resultaram em depredações ao patrimônio público.
Na decisão, o ministro também determinou que o réu deverá pagar R$ 30 milhões pelos danos causados, valor que será dividido entre os demais condenados pelos atos criminosos ocorridos em 8 de janeiro.
Acompanharam o voto do relator os ministros Flávio Dino e Cármen Lúcia. Já o ministro Cristiano Zanin divergiu parcialmente, propondo pena de 11 anos, enquanto Luiz Fux votou pela condenação a 9 anos e 6 meses de reclusão.
Defesa alegou manifestação pacífica
Durante o processo, os advogados de Diego Ventura defenderam sua absolvição, alegando que o réu não participou de nenhum ato de violência e esteve em Brasília apenas para uma “manifestação pacífica”. A defesa também apontou a falta de provas que o ligassem diretamente aos ataques.
Em 2023, Diego chegou a ser preso preventivamente, mas posteriormente passou a responder ao processo em liberdade.
Com mais uma condenação relacionada aos atos de 8 de janeiro, o STF reforça o posicionamento de que não haverá tolerância com tentativas de desestabilização institucional e atentados contra a democracia brasileira.
*Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.