Sete anos após incêndio. O Museu Nacional, no Rio de Janeiro, reabriu parcialmente nesta segunda-feira com a exposição temporária “Entre Gigantes”, marcando a primeira vez que o palácio histórico recebe visitantes desde o incêndio que destruiu grande parte de seu acervo em 2018.
Um dos destaques da mostra é o meteorito Bendegó, uma das peças mais emblemáticas da instituição, que sobreviveu ao incêndio. No pátio da escadaria principal, os visitantes agora encontram um esqueleto de baleia cachalote com quase 16 metros de comprimento, recém-adquirido pelo museu. O público poderá participar da escolha do nome para o animal, o maior esqueleto em exibição atualmente na América do Sul.
A vice-diretora do museu, Andréa Costa, ressaltou o simbolismo da reabertura. Ela afirmou que o momento representa a soma de anos de esforço da comunidade acadêmica e científica para reconstruir o espaço.
Avanço das obras e compromisso com a restauração completa
A reabertura ocorre em paralelo à continuidade das obras de restauração do palácio, que tem orçamento estimado em 516 milhões de reais. Até agora, foram captados mais de 347 milhões junto a entes públicos e empresas privadas. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é o maior financiador, com repasse de 100 milhões.
O ministro da Educação, Camilo Santana, garantiu que o restante dos recursos será obtido. Segundo ele, já houve aumento significativo nos aportes da pasta nos últimos anos e novas negociações estão em andamento com estatais como a Petrobras.

O ministro destacou o compromisso do governo federal com a conclusão da obra e com o resgate do Museu Nacional como referência em ciência, cultura e educação.
Obras em andamento e preservação da históriao
Atualmente, já foram restauradas 75 por cento das fachadas e 80 por cento dos telhados, mantendo as características originais do palácio, que serviu como residência da família real brasileira. As obras em curso incluem reforço estrutural, reforma do prédio anexo, instalação de sistemas de captação de água da chuva e proteção contra raios.
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Roberto de Andrade Medronho, lembrou que o museu também é um centro de ensino e pesquisa com reconhecimento internacional. Ele destacou a importância da reabertura para a formação de cientistas e pesquisadores.
Reencontro com a sociedade
Com a exposição “Entre Gigantes”, o Museu Nacional dá início a uma nova etapa em sua história. Além de celebrar a recuperação do espaço, a mostra oferece uma oportunidade única para o público reencontrar um dos principais símbolos da ciência e da cultura brasileira.
A visitação acontece no palácio localizado na Quinta da Boa Vista, na zona norte do Rio de Janeiro. A entrada será gratuita neste primeiro momento, como forma de celebrar a reabertura.
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