A startup germano-americana Swarm Biotactics desenvolveu uma proposta inusitada para operações de inteligência militar: o uso de “baratas espiãs” equipadas com tecnologia avançada. A ideia é utilizar insetos vivos modificados com sensores e câmeras para atuar em ambientes hostis, como zonas de conflito, segundo reportagem da agência Reuters publicada nesta quinta-feira (24).
De acordo com a empresa, os insetos-ciborgues carregam minúsculas “mochilas” com dispositivos capazes de coletar dados em tempo real, incluindo imagens e condições ambientais. O controle dos movimentos é feito por eletroestimulação, que ativa o sistema nervoso das baratas, permitindo que sejam guiadas com precisão.
“Nossos biorrobôs — baseados em insetos vivos — são equipados com estimulação neural, sensores e módulos de comunicação seguros”, explicou Stefan Wilhelm, CEO da Swarm Biotactics. Ele afirma que as baratas podem operar de forma autônoma durante missões de reconhecimento.
A proposta é permitir a coleta de informações estratégicas sobre posições inimigas sem expor soldados, o que pode representar uma revolução na tecnologia de vigilância militar.
O projeto chamou atenção do governo alemão. O chanceler Friedrich Merz já manifestou interesse no uso de inteligência artificial e tecnologias emergentes como parte dos esforços para modernizar o setor de defesa. Merz declarou que tornar o Exército alemão o mais forte da Europa é uma de suas prioridades máximas.
A iniciativa da Swarm Biotactics levanta debates sobre os limites éticos da tecnologia na guerra, mas também evidencia o crescente papel da biotecnologia e da automação no cenário militar contemporâneo.
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