No Dia Mundial de Combate ao Colesterol, celebrado nesta sexta-feira (8), a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) alerta para o crescente risco cardiovascular associado ao uso indiscriminado de anabolizantes, sobretudo entre jovens.
Anabolizantes são substâncias semelhantes à testosterona, usadas para hipertrofia muscular e melhoria do desempenho esportivo ou estética. Contudo, esses produtos reduzem o colesterol HDL (colesterol bom) e aumentam o LDL (colesterol ruim), além de provocarem resistência à insulina, acúmulo de gordura visceral e outros fatores da síndrome metabólica, condição que eleva significativamente o risco cardiovascular.
Estudos recentes revelam que o uso combinado de esteroides anabolizantes, insulina e hormônio do crescimento entre fisiculturistas amadores causa alterações no perfil lipídico e hepático, com impactos negativos mesmo em jovens aparentemente saudáveis. Pesquisas indicam que esses efeitos persistem mesmo após a interrupção do uso, devido a alterações hormonais e inflamatórias.
A SBEM destaca que cerca de 6,4% dos homens já usaram anabolizantes, com números ainda maiores entre frequentadores de academias. Há relatos de infartos precoces em pessoas abaixo dos 40 anos, sem histórico familiar, mas com uso frequente dessas substâncias.
Em 2023, o Conselho Federal de Medicina proibiu a prescrição médica de esteroides anabolizantes para fins estéticos ou de ganho de desempenho, devido à falta de comprovação científica da segurança e eficácia.
Os efeitos adversos incluem hipertrofia cardíaca, hipertensão, infarto, aterosclerose, problemas hepáticos, transtornos mentais, infertilidade e disfunções sexuais.
A campanha do Dia Mundial do Combate ao Colesterol reforça a importância de escolhas conscientes e acompanhamento médico para prevenir doenças cardiovasculares.
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