O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, anunciou nesta sexta-feira (18) a revogação imediata dos vistos do ministro Alexandre de Moraes, de seus familiares e de “aliados na Corte”. A medida amplia a tensão diplomática entre Washington e Brasília em meio a investigações envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O comunicado não detalha quais outros ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ou pessoas ligadas a Moraes serão afetados.
A decisão foi divulgada poucas horas após a Polícia Federal realizar uma operação contra Jair Bolsonaro, que incluiu buscas e apreensões, além da imposição de medidas cautelares como o uso de tornozeleira eletrônica e o recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 6h.
Em publicação oficial, Rubio acusou Alexandre de Moraes de perseguir Bolsonaro e de fomentar práticas antidemocráticas:
“A política de caça às bruxas de Alexandre de Moraes contra Jair Bolsonaro criou um complexo de perseguição e censura que viola os direitos dos brasileiros e também atinge os americanos. Ordenei a revogação dos vistos de Moraes, seus aliados na corte, e seus familiares, de forma imediata”, escreveu o secretário.
Até o momento, o STF não se manifestou oficialmente sobre a decisão do governo norte-americano.
Eduardo Bolsonaro no centro do inquérito
As recentes medidas cautelares fazem parte de um inquérito que apura a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente, junto ao governo do ex-presidente dos EUA, Donald Trump. O parlamentar é investigado por tentar influenciar autoridades americanas a retaliar o governo brasileiro e interferir em ações do STF ligadas à tentativa de golpe de Estado.
Desde março deste ano, Eduardo Bolsonaro está licenciado do mandato e reside nos Estados Unidos, alegando sofrer perseguição política no Brasil. A licença parlamentar se encerra neste domingo (20).
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