A defesa do general Walter Braga Netto solicitou nesta segunda-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a realização de uma acareação entre o militar e o tenente-coronel Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro. O pedido foi encaminhado ao ministro Alexandre de Moraes.
Segundo os advogados, há contradições relevantes entre os depoimentos de ambos que precisam ser esclarecidas, como a suposta participação de Braga Netto no plano golpista denominado “Punhal Verde e Amarelo” e o repasse de dinheiro em uma sacola de vinho.
A defesa afirma que Mauro Cid não apresentou provas que sustentem suas acusações contra o general. “Essa diligência é essencial para esclarecer os fatos. O que temos são declarações sem elementos comprobatórios”, afirma o documento protocolado no STF.
Braga Netto, que está preso desde dezembro de 2024, é acusado de tentar obstruir as investigações e de buscar informações privilegiadas sobre os termos da colaboração premiada de Cid. Em depoimento recente a Alexandre de Moraes, o general negou conhecer qualquer plano de golpe e também rejeitou a acusação de ter repassado valores ao ex-ajudante.
Os advogados também pediram a suspensão da ação penal até que toda a documentação seja analisada pela defesa.
A investigação trata de articulações golpistas que teriam envolvido integrantes do alto comando militar, com objetivo de impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva, após as eleições de 2022.
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