Ondas de tsunami atingiram países banhados pelo Oceano Pacífico após um terremoto de magnitude 8,8 atingir a costa leste da Rússia na madrugada desta quarta-feira (30). O epicentro foi registrado próximo à Península de Kamchatka, região frequentemente abalada por atividade sísmica intensa. O tremor gerou alertas de tsunami em diversas partes do Pacífico, provocando evacuações em massa.
Na Rússia, a cidade de Severo-Kurilsk, nas Ilhas Curilas, foi uma das primeiras a registrar as consequências mais graves. Ondas de até 5 metros inundaram áreas costeiras, danificaram instalações portuárias e causaram destruição parcial de estruturas. Autoridades locais informaram que os cerca de 2 mil moradores foram evacuados com sucesso e, até o momento, não há registro de mortes.
No Japão, o alerta se estendeu para regiões ao norte do país, como Hokkaido, onde ondas de até 1,3 metro atingiram a costa. Mais de dois milhões de pessoas foram orientadas a deixar suas casas por precaução. As autoridades japonesas também monitoraram possíveis impactos em usinas nucleares, mas nenhum problema foi detectado.
O tsunami avançou pelo Pacífico e alcançou os Estados Unidos. No Havaí, ondas de até 1,7 metro atingiram áreas litorâneas, provocando evacuações emergenciais e suspensão temporária de serviços costeiros. Na Califórnia, especialmente em Crescent City e Port San Luis, ondas de até 1 metro foram registradas. Os estados de Oregon, Washington e Alasca também mantiveram alertas ativos por várias horas, mas os danos foram limitados.
Embora os alertas de tsunami tenham sido rebaixados ou cancelados ao longo da manhã, o Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico recomenda que a população continue atenta. Em muitos casos, as primeiras ondas não são as mais fortes, e os efeitos podem se estender por várias horas, com mudanças repentinas no nível do mar.
Países da América Latina e ilhas do Pacífico, como Chile, México, Fiji, Samoa e Polinésia Francesa, também foram incluídos nos alertas iniciais. No Chile, o governo ativou protocolos de evacuação em regiões costeiras, enquanto na Nova Zelândia, autoridades pediram que a população evitasse praias e áreas baixas.
Este terremoto é um dos mais fortes registrados globalmente nos últimos anos e levanta novos alertas sobre o monitoramento sísmico no Círculo de Fogo do Pacífico, região propensa a grandes eventos geológicos.
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