O Gabinete de Segurança de Israel aprovou, nesta quinta-feira (7), a proposta do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para a ocupação da cidade de Gaza, informou o The Times of Israel. A decisão, tomada após mais de 10 horas de consultas, marca a primeira fase de uma ofensiva que, segundo a Axios, pode se estender à ocupação de todo o enclave palestino.
Antes da reunião, Netanyahu declarou que pretende que o Exército israelense assuma o controle total da Faixa de Gaza para eliminar o movimento palestino Hamas. “Não queremos conservar Gaza. Queremos um perímetro de segurança e entregá-la a forças árabes que a governem adequadamente”, afirmou.
A nova operação militar deverá durar meses e pode resultar no deslocamento de cerca de um milhão de civis palestinos. Imagens de satélite já mostram acúmulo de tropas e equipamentos israelenses próximos à fronteira, sinalizando uma possível invasão terrestre em larga escala, segundo a NBC News.
Apesar do aval do Gabinete, há divergências internas. O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Eyal Zamir, alertou que a operação pode colocar em risco a vida de reféns israelenses supostamente mantidos na região. Ele também teme que a ação leve à instauração de um governo militar israelense com controle direto sobre 2 milhões de palestinos.
Desde o início da guerra, em outubro de 2023, Israel tem evitado entrar em grande parte da cidade de Gaza, que ocupa 25% do território ainda fora do controle israelense.
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