Em meio à crescente escalada militar entre Irã e Israel, o porta-voz da operação “Promessa Verdadeira 3”, coronel Iman Tajik, declarou nesta terça-feira que “as portas do inferno se abrirão” contra Israel caso os ataques continuem.
A ameaça foi feita após o lançamento da décima segunda onda de bombardeios iranianos, que incluiu pela primeira vez o uso de mísseis Sejil, armamento estratégico com alcance de até 2 mil quilômetros.
“Os estrondosos mísseis da Guarda Revolucionária não permitirão que eles saiam nem por um instante dos abrigos subterrâneos. Eles não veem o sol há vários dias”, afirmou Tajik.
Segundo informações do governo iraniano, os mísseis Sejil são de dois estágios, movidos a combustível sólido e medem 17,5 metros. Apresentados pela primeira vez em 2008, nunca haviam sido utilizados em combate até agora.
O início da ofensiva
O confronto direto entre os dois países começou no último dia 13 de junho, quando Israel lançou um ataque não provocado contra alvos no Irã, segundo Teerã. A resposta iraniana foi imediata, com o início da ofensiva batizada de “Promessa Verdadeira”, agora em sua terceira fase.
Desde então, os dois países têm trocado bombardeios, com intensificação de ataques por terra e ar, além do uso de drones e mísseis balísticos.
Reações globais
A comunidade internacional reagiu de forma majoritariamente crítica ao ataque israelense. Rússia, China, Turquia, Egito e outros países classificaram a ofensiva como uma grave violação da Carta das Nações Unidas e do direito internacional.
O presidente russo Vladimir Putin conversou com o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e alertou que a escalada entre Irã e Israel pode ter “consequências imprevisíveis para toda a região do Oriente Médio”.
Na América Latina, Brasil, Venezuela, Cuba e Nicarágua também se manifestaram com repúdio às ações de Tel Aviv, enfatizando a necessidade de cessar-fogo imediato e retorno ao diálogo diplomático.
Organizações multilaterais como a ONU e a Liga Árabe também pediram contenção, reforçando o risco de o conflito se transformar em uma guerra regional de grandes proporções.
Cresce o temor de guerra regional
Especialistas em segurança internacional alertam que o uso dos mísseis Sejil pelo Irã representa um novo patamar na confrontação militar, abrindo espaço para ataques a alvos estratégicos israelenses em todo o Oriente Médio.
A situação é acompanhada com extrema preocupação por governos ocidentais, que temem o envolvimento de grupos aliados ao Irã, como o Hezbollah, e possíveis reações de Estados Unidos e potências europeias, elevando o conflito a níveis globais.
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