O mercado financeiro aumentou sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2025. Segundo dados do Boletim Focus, divulgados nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central, a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) subiu de 2,13% para 2,18%. Para 2026, a expectativa é de expansão de 1,81%, com crescimento de 2% previsto para os anos de 2027 e 2028.
O desempenho da economia no início de 2025 tem sido puxado principalmente pelo setor agropecuário. No primeiro trimestre, o país registrou alta de 1,4%, conforme divulgado pelo IBGE. Em 2024, o PIB cresceu 3,4%, marcando o quarto ano consecutivo de expansão, com destaque para o desempenho de 2021 (4,8%).
Inflação acima da meta
A projeção para a inflação oficial (IPCA) em 2025 foi ajustada de 5,46% para 5,44%, ainda acima do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, que é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos (ou seja, teto de 4,5%).
Os índices mais recentes mostram desaceleração. O IPCA de abril foi de 0,43%, após altas de 1,31% em fevereiro e 0,56% em março. No acumulado em 12 meses, a inflação é de 5,53%. A prévia da inflação de maio (IPCA-15) ficou em 0,36%, e o dado fechado será divulgado amanhã pelo IBGE.
Selic segue alta
A taxa Selic, principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação, segue em 14,75% ao ano, após seis altas consecutivas. O Comitê de Política Monetária (Copom) mantém cautela em suas projeções, diante de incertezas globais e pressões internas, especialmente nos preços de alimentos e energia.
O mercado financeiro estima que a Selic se mantenha nesse patamar até o fim de 2025. A expectativa é de queda para 12,5% em 2026, seguida de 10,5% em 2027 e 10% em 2028.
Dólar em alta
A previsão do câmbio também preocupa: o dólar deve encerrar 2025 a R$ 5,80 e alcançar R$ 5,89 em 2026, de acordo com as estimativas.
Impactos no consumo e na economia
Taxas de juros elevadas encarecem o crédito e desestimulam o consumo, o que contribui para o controle da inflação. Por outro lado, dificultam a expansão econômica. A redução da Selic, quando ocorrer, tende a incentivar investimentos, consumo e produção — fatores fundamentais para sustentar o crescimento do país.
Fonte Exclusiva com informações da Agência Brasil.Compartilhe esta matéria do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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