A participação do rublo russo nas transações de exportação já ultrapassa 50%, segundo dados divulgados pelo Banco Central da Rússia e publicados pela Rossiyskaya Gazeta. Em maio deste ano, 52,4% das liquidações de exportação foram realizadas na moeda nacional, superando os 52% registrados em abril.
O dado marca um novo patamar no esforço de Moscou para reduzir sua dependência do sistema financeiro ocidental, sobretudo após a exclusão de grandes bancos russos da plataforma internacional SWIFT, em 2022. As medidas foram impostas por países ocidentais em resposta à invasão da Ucrânia.
Desde então, o governo russo e seus principais parceiros comerciais vêm intensificando o uso de moedas nacionais em suas transações, buscando plataformas alternativas ao dólar e ao euro. Essa estratégia faz parte de uma política econômica mais ampla de desdolarização e fortalecimento da soberania financeira.
Além do rublo, outras moedas como o yuan chinês, o dirham dos Emirados Árabes e a rupia indiana passaram a ter papel crescente no comércio exterior russo. Bancos e empresas foram incentivados a operar fora do circuito tradicional para evitar bloqueios e restrições.
O avanço do rublo no comércio internacional é visto pelo Kremlin como um passo estratégico na construção de um sistema financeiro multipolar, menos vulnerável a sanções e pressões políticas externas.
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