O mês de julho começou com forte movimentação nos mercados. Nesta terça-feira (1º), o dólar comercial fechou em alta de 0,51%, cotado a R$ 5,461. A valorização foi impulsionada pela judicialização do decreto que aumentou o IOF e por declarações de autoridades monetárias dos Estados Unidos. Já a bolsa de valores brasileira teve desempenho positivo pelo segundo dia consecutivo, com o Ibovespa atingindo o terceiro maior nível de sua história.
Durante o dia, a moeda norte-americana oscilou, mas subiu de forma consistente após os primeiros minutos de estabilidade. Por volta das 15h30, chegou à máxima de R$ 5,47. Apesar da alta nesta sessão, o dólar acumula queda de 11,63% em 2025. Ontem (30), a divisa fechou no menor nível desde setembro do ano passado, a R$ 5,43.
Impacto da disputa sobre o IOF
A elevação do dólar foi influenciada pela decisão do governo federal de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar manter o decreto que aumentou as alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A medida desagradou o mercado financeiro, que vê com bons olhos a redução de tributos sobre o crédito e operações cambiais.
Influência internacional
A alta da moeda norte-americana também foi estimulada por fatores externos. Dados mistos divulgados nos Estados Unidos — com produção industrial dentro das expectativas, mas com criação de empregos acima do previsto — fizeram o dólar se fortalecer frente às moedas de países emergentes, como o real.
Outro elemento que aumentou a cautela dos investidores foi uma declaração do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell. Ele afirmou que o banco central norte-americano poderia ter iniciado cortes na taxa de juros se não fosse a política tarifária imposta pelo ex-presidente Donald Trump. O comentário sinalizou que o Fed deve manter a postura conservadora nos próximos meses.
Bolsa em alta
Na contramão do câmbio, o índice Ibovespa, principal indicador da B3, avançou 0,5% nesta terça e encerrou aos 139.549 pontos. Essa é a terceira maior marca registrada na história do índice, atrás apenas das sessões de 20 e 19 de maio deste ano.
O desempenho foi puxado por um ambiente de otimismo com as empresas brasileiras, mesmo diante das incertezas no cenário fiscal. Investidores seguiram em busca de oportunidades e realizaram ajustes de carteira com base nos lucros acumulados no semestre anterior.
Com o cenário ainda volátil, os próximos dias devem ser marcados por forte atenção dos mercados às decisões do STF e às sinalizações do Federal Reserve.
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