A inflação oficial medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em julho foi de 0,26%, pressionada principalmente pela alta de 3,04% na conta de luz residencial, conforme dados divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (12). A energia elétrica residencial foi o principal impacto individual no índice, contribuindo com 0,12 ponto percentual.
Essa alta está associada à bandeira tarifária vermelha patamar 1, mantida pelo governo para custear usinas termelétricas diante da baixa nos reservatórios das hidrelétricas. Além disso, reajustes regionais em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre e Rio de Janeiro também influenciaram o aumento.
Por outro lado, o grupo alimentos e bebidas registrou queda de 0,27% pelo segundo mês consecutivo, contribuindo para conter a inflação. A redução foi puxada pela alimentação no domicílio, com recuo expressivo nos preços de batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%).
O IPCA acumulado em 12 meses alcançou 5,23%, permanecendo acima do teto da meta de inflação (4,5%) desde setembro de 2024. No acumulado de janeiro a julho, a energia elétrica residencial subiu 10,18%, a maior alta para o período desde 2018.
Outros grupos com queda em julho foram vestuário (-0,54%) e comunicação (-0,09%). Já os grupos habitação, transportes, saúde, despesas pessoais e educação apresentaram alta. As passagens aéreas subiram quase 20% devido à alta demanda nas férias escolares, enquanto os combustíveis tiveram queda pelo quarto mês consecutivo, com a gasolina recuando 0,51%.
O gerente da pesquisa do IBGE, Fernando Gonçalves, destacou que os efeitos da tarifa americana de importação sobre produtos brasileiros ainda não impactaram o IPCA de julho, pois a medida entrou em vigor em agosto.
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