O ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, compareceu nesta quinta-feira (15) ao Senado e fez acusações contundentes sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo ele, os esquemas bilionários revelados pela Operação Sem Desconto teriam se consolidado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Wolney afirmou que uma Medida Provisória editada em 2019 e transformada em lei em 2022 teria aberto brechas para descontos indevidos e permitido a formação de associações criminosas que lesaram aposentados e pensionistas.
Reação da oposição
Senadores ligados ao ex-presidente reagiram com veemência às declarações. Alegaram que a medida provisória tinha como objetivo regular os descontos autorizados e que o texto final foi alterado pelo Congresso. Parlamentares também acusaram o governo do presidente Lula de ter demorado a agir, já que denúncias de fraudes surgiram ainda em 2023.
Wolney rebateu afirmando que a atual gestão foi a responsável por acionar a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal (PF) para investigar as irregularidades. Ele ainda frisou que o governo Lula tem atuado de forma transparente no combate às fraudes.
Investigações complexas
O ministro justificou o tempo decorrido entre as denúncias e as ações efetivas devido à complexidade do esquema, que envolve acesso a dados sigilosos e etapas de investigação delicadas.
Enquanto a oposição insiste que os números de fraudes aumentaram nos primeiros meses de 2023, Wolney assegura que as raízes do problema estão nas brechas deixadas pela gestão anterior, que teriam permitido o crescimento de grupos organizados dentro do sistema previdenciário.
*Da Agência Fonte Exclusiva.