O governo brasileiro confirmou um caso de gripe aviária de alta patogenicidade (H5N1) em uma granja comercial de matrizes localizada no município de Marau, no interior do Rio Grande do Sul. É a primeira vez que a influenza aviária atinge uma unidade comercial no país, acendendo um sinal de alerta nas autoridades sanitárias e no setor agropecuário.
Como medida de contenção, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) determinou o rastreamento e o descarte de ovos férteis enviados pela granja para incubatórios localizados no próprio estado, além do Paraná e de Minas Gerais. A medida visa conter qualquer risco de propagação do vírus e segue os protocolos internacionais de biossegurança.
A repercussão foi imediata no mercado externo. China, União Europeia e Argentina suspenderam temporariamente as importações de carne de frango brasileira após o anúncio. O Brasil é o maior exportador mundial de carne de frango, e o Rio Grande do Sul está entre os maiores polos produtores do país.
Apesar da confirmação, o MAPA reforça que o consumo de carne de frango e ovos segue seguro, já que a gripe aviária não é transmitida por meio de alimentos devidamente cozidos. Técnicos do ministério estão acompanhando de perto os desdobramentos do caso e afirmam que a situação está sob controle.
O foco principal agora é conter o avanço da doença, proteger os demais plantéis comerciais e garantir a retomada da confiança dos mercados internacionais. A avicultura brasileira gera milhões de empregos e movimenta bilhões em exportações — o impacto de sanções prolongadas pode ser significativo.
*Da Agência Fonte Exclusiva com informação da Agência Brasil e Direto da Redação.