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Onildo Almeida, o poeta da Feira de Caruaru, segue encantando gerações aos 96 anos

Compositor de clássicos imortalizados por Luiz Gonzaga, Onildo é referência na música nordestina e inspiração para jovens artistas; sua “Feira de Caruaru” ainda ecoa no coração da cidade.

redação Por redação
28/06/2025 - 12:30
em Cultura & Entretenimento
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Aos 96 anos, Onildo Almeida mantém viva sua ligação com a Feira de Caruaru. Autor da icônica música imortalizada por Luiz Gonzaga, ele inspira gerações e é homenageado como símbolo da cultura nordestina.

Foto:Agênda Brasil

Todos os domingos, antes mesmo das 7h da manhã, Onildo Almeida já está a caminho de seu destino favorito: a tradicional Feira de Caruaru. Com elegância, acompanhado da esposa Lenita, o compositor circula entre bancas, abraços, sorrisos e homenagens. Aos 96 anos, é impossível passar despercebido por ali. Afinal, foi Onildo quem deu à feira seu maior cartão de visitas: a canção “Feira de Caruaru”, eternizada na voz de Luiz Gonzaga e reconhecida como uma das mais emblemáticas da música nordestina.

Embora nunca tenha tido uma barraca na feira, Onildo se tornou seu maior “vendedor”. Seus versos exaltando os produtos e o espírito popular da feira foram lançados em seu primeiro disco nos anos 1950, e logo chegaram aos ouvidos do Rei do Baião, iniciando uma parceria que atravessaria décadas.

“Ele me disse: ‘Como é que você tem um negócio desse que não me mostra?’ Eu respondi: ‘Tá na sua mão!’”, lembra Onildo sobre o encontro com Luiz Gonzaga na Rádio Difusora de Caruaru, onde trabalhava como apresentador.

Gravada em 1957, a canção vendeu mais de 100 mil cópias em dois meses e rendeu a Gonzagão seu primeiro disco de ouro. Foi o início de uma amizade e de uma série de colaborações, como “Aproveita Gente”, “Onde o Nordeste Garoa”, “Só Xote” e “Sanfoneiro Zé Tatu”.

De Caruaru para o mundo

A “Feira de Caruaru” cruzou fronteiras e foi regravada por diversos artistas, em vários idiomas. Onildo, por sua vez, teve composições gravadas por nomes como Marinês, Jackson do Pandeiro, Trio Nordestino, Jorge de Altinho e até os tropicalistas. Caetano Veloso citou versos de “A Hora do Adeus” no álbum Transa (1972), enquanto Gilberto Gil gravou “Sai do Sereno” em Expresso 2222, no mesmo ano.

Quase 70 anos após a primeira gravação, Onildo continua sendo celebrado. Durante os festejos juninos de 2025, subiu ao palco com a banda pernambucana Diablo Angel para cantar uma nova versão da icônica música que escreveu ainda jovem. Para Kira Derne, vocalista da banda, foi um momento inesquecível:

“Estar com ele no palco é um privilégio. Cresci ouvindo essas canções. Como jovem compositora, tento aprender tudo o que posso com ele. É uma aula de música e de vida.”

Guardião da cultura

Além dos palcos, Onildo percorre escolas e projetos sociais, compartilhando saberes com as novas gerações. Preferindo permanecer em sua amada Caruaru — ele não gosta de viajar —, recebe homenagens em casa, onde transforma sua sala em um verdadeiro museu pessoal com fotos, discos e recortes de jornal.

A Feira de Caruaru, hoje reconhecida como Patrimônio Imaterial Brasileiro pelo Iphan, segue viva e pulsante, misturando raízes nordestinas com influências modernas. Entre as bancas, ainda se encontram as frutas regionais, os bonecos de barro e os produtos que inspiraram o compositor décadas atrás.

“Eu costumo dizer que toda cidade tem feira e toda feira é igual. Mas, na verdade, não é. A de Caruaru, quando você procura uma coisa no comércio que não encontra, vai pra feira. É uma feira que tem tudo”, afirma Onildo.

Aos 96 anos, o poeta do agreste continua presente onde sempre pertenceu: no coração da Feira de Caruaru e da cultura brasileira.

*Com informação da Agência Brasil.Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.

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Tags: #Forróartistas nordestinoscompositor nordestinocultura popularFeira de Caruaruhistória da música brasileiraLuiz Gonzagamúsica nordestinaOnildo Almeidapatrimônio imaterialpoesia do agresteSão João de Caruaru
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