A Polícia Civil apreendeu, nesta segunda-feira (1º), a namorada virtual do adolescente de 14 anos que confessou ter matado os próprios pais e o irmão de 3 anos em Itaperuna, no Noroeste Fluminense. A jovem, de 15 anos, foi localizada no estado do Mato Grosso e é investigada por ter incentivado o crime brutal por meio de mensagens trocadas com o rapaz.
Segundo a polícia, os dois mantinham um relacionamento exclusivamente online e se conheceram em plataformas de jogos virtuais. A investigação aponta que o casal vinha conversando sobre o assassinato dos familiares, e a jovem teria encorajado o plano homicida. As mensagens obtidas pela perícia indicam que ela influenciou diretamente na decisão do adolescente de executar a própria família.
1. Imagem: os corpos foram localizados devido ao forte odor vindo da cisterna
2. Imagem: Polícia Civil
3. Imagem: redes sociais
4. Imagem: adolescente que matou a família só foi apreendido na quarta-feira (25), durante a perícia na casa
5. Imagem: redes sociais
6. Imagem: redes sociais
O triplo homicídio aconteceu no sábado (21), enquanto a família dormia. O adolescente utilizou a arma do pai — que era vigilante e possuía registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) — para atirar na cabeça do pai, da mãe e do irmão. Após os assassinatos, ele arrastou os corpos até a cisterna da casa, onde ficaram escondidos por dias.
Na tentativa de despistar familiares, o jovem inventou que o irmão havia se engasgado com caco de vidro e que os pais haviam saído para levá-lo ao hospital. Na terça-feira (24), chegou a acompanhar a avó paterna à delegacia para registrar o desaparecimento da família. No dia seguinte, os corpos foram localizados devido ao forte odor vindo da cisterna, e o adolescente acabou confessando os crimes com frieza, sem demonstrar arrependimento.
A namorada virtual foi apreendida após operação conjunta entre as Polícias Civis do Rio de Janeiro e do Mato Grosso. Ela deverá ser submetida a medidas socioeducativas, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). O grau de envolvimento dela segue sendo investigado, especialmente se houve coautoria intelectual no crime.
A Polícia também não descarta motivação financeira: o adolescente teria pesquisado como sacar o FGTS do pai, que somava cerca de R$ 33 mil.
O caso, que causou comoção em Itaperuna, reacende o alerta sobre o impacto de relações virtuais na formação de adolescentes e o uso de plataformas online em contextos de vulnerabilidade emocional e comportamental. As autoridades continuam investigando possíveis novos desdobramentos e outros possíveis cúmplices.
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