Lojistas da tradicional Rua 25 de Março, no centro de São Paulo, afirmaram em nota oficial que o comércio de produtos piratas na região ocorre de forma pontual e é fiscalizado regularmente por órgãos públicos. A declaração foi feita nesta quarta-feira, 16 de julho, em resposta às críticas do governo dos Estados Unidos, que citou o local como um dos maiores centros de pirataria do mundo.
De acordo com a União dos Lojistas da 25 de Março, os casos de irregularidades não representam a imensa maioria dos comerciantes, que atuam de maneira legal e transparente. A entidade destacou ainda que os produtos vendidos na região são majoritariamente importados da China, sem qualquer vínculo com os Estados Unidos.
A associação ressaltou que a 25 de Março é um dos maiores polos comerciais do Brasil, com mais de três mil estabelecimentos formais, responsáveis por gerar empregos, pagar impostos e oferecer produtos variados a consumidores de todo o país.
Na terça-feira, 15 de julho, os Estados Unidos anunciaram a abertura de uma investigação comercial sobre o Brasil, tendo como focos principais o sistema de pagamentos Pix e a Rua 25 de Março. O governo estadunidense quer apurar se o modelo de comércio digital e os serviços de pagamento eletrônico adotados no país dificultam ou restringem o comércio americano. Quanto à 25 de Março, o escritório comercial dos Estados Unidos alegou que o local é um mercado conhecido por pirataria há décadas, apesar de operações policiais realizadas.

Segundo dados do Anuário da Falsificação, da Associação Brasileira de Combate à Falsificação, entre janeiro de 2024 e janeiro de 2025, foram realizadas mil quinhentas e oitenta e sete operações contra pirataria no país, envolvendo a Polícia Civil, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Receita Federal.
O levantamento aponta que atividades ilegais como contrabando, falsificação e pirataria causaram um prejuízo estimado de quatrocentos e setenta e um bilhões de reais ao Brasil, com impactos diretos na arrecadação de impostos e no faturamento das indústrias formais.
*Compartilhe este editorial do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
Siga o GIRO CAPIXABA no Instagram