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Febre oropouche avança no Brasil e faz do Espírito Santo o epicentro da doença em 2025

Com mais de 6 mil casos confirmados, Espírito Santo lidera registros da febre oropouche em 2025. Mudanças climáticas e ambientais favorecem avanço do vírus.

redação Por redação
28/07/2025 - 09:11
em Cidade
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Febre oropouche se espalha pelo Brasil e tem no Espírito Santo seu epicentro em 2025. Casos aumentam e vírus preocupa autoridades e pesquisadores.

Imagem:Agência Brasil

Antes restrita à Região Amazônica, a febre oropouche se alastrou pelo Brasil e transformou o Espírito Santo no estado com maior número de casos em 2025. Com 6.318 infecções registradas, o estado supera locais historicamente afetados pela doença, que até 2023 era concentrada na Região Norte.

O vírus oropouche já foi identificado este ano em 18 estados e no Distrito Federal, totalizando 11.805 casos confirmados e cinco mortes — quatro no Rio de Janeiro e uma no Espírito Santo. Duas outras mortes estão sob investigação. Em comparação, o ano de 2024 registrou 13.856 casos e quatro mortes.

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Segundo especialistas, o crescimento explosivo da doença tem origem em uma nova linhagem viral, surgida no Amazonas e impulsionada por desmatamento, mudanças climáticas e a presença do mosquito maruim (Culicoides paraensis), transmissor do vírus.

 O que é a febre oropouche?

A febre oropouche é uma arbovirose causada por um vírus transmitido por um mosquito muito pequeno e agressivo, o maruim, também conhecido como mosquito-pólvora. A infecção provoca sintomas semelhantes à dengue e à chikungunya, como febre alta, dor de cabeça, muscular e nas articulações.

Assim como o Zika vírus, a oropouche pode provocar complicações na gravidez, incluindo microcefalia, malformações e até morte fetal, o que preocupa autoridades de saúde. Ainda não há comprovação de transmissão sexual, mas o Ministério da Saúde recomenda uso de preservativo como precaução.

 Espírito Santo: o novo epicentro

Com pouco mais de 4 milhões de habitantes, o Espírito Santo se tornou o epicentro da doença no país. De acordo com o subsecretário estadual de Vigilância em Saúde, Orlei Cardoso, a característica periurbana dos municípios, com muitas plantações e áreas úmidas, favorece a proliferação do maruim.

“Os primeiros casos surgiram durante a colheita do café, período que atrai trabalhadores de fora do estado. Isso acelerou a disseminação da doença”, explica Cardoso.

Além disso, a falta de imunidade prévia da população contribuiu para a rápida escalada dos casos. A Secretaria de Saúde do estado está investindo no treinamento de equipes médicas e agentes comunitários para identificar e diferenciar a doença de outras arboviroses, como dengue e zika.

 Clima e desmatamento favorecem avanço

Pesquisadores da Fiocruz e de instituições internacionais apontam que eventos climáticos extremos e mudanças no uso do solo são fatores decisivos para a dispersão do vírus.

Segundo Felipe Naveca, chefe do Laboratório de Arbovírus do Instituto Oswaldo Cruz, os surtos recentes estão relacionados a áreas de desmatamento no sul do Amazonas e norte de Rondônia:

“Pessoas infectadas nessas regiões acabaram levando o vírus para outras partes do país antes mesmo de apresentarem sintomas.”

Estudo com dados de seis países sul-americanos mostra que 60% da propagação da doença está ligada a variações climáticas, como o fenômeno El Niño.

 Ações do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde intensificou o monitoramento da febre oropouche, com reuniões técnicas, visitas a estados e estudos em parceria com a Fiocruz e a Embrapa para testar o uso de inseticidas eficazes contra o maruim. Os resultados preliminares são promissores.

As medidas preventivas incluem:

  • Uso de roupas compridas e sapatos fechados
  • Telas finas nas janelas
  • Eliminação de matéria orgânica em decomposição
  • Evitar exposição em áreas de mata ou plantações, especialmente durante o período chuvoso

 Nordeste também é afetado

Estados do Nordeste, como o Ceará, também enfrentam aumento de casos. Em 2025, o estado registrou 674 infecções, concentradas inicialmente em zonas rurais e, agora, em áreas urbanas como a cidade de Baturité.

O secretário executivo de Vigilância em Saúde do Ceará, Antonio Lima Neto, afirma que o vírus se espalhou por regiões produtoras de banana, cacau e mandioca.

“Em 2024, tivemos casos apenas em povoados pequenos. Este ano, a doença chegou à principal cidade da região, onde vivem mais de 20 mil pessoas”, destaca.

O Ceará também foi um dos estados a registrar morte fetal associada à infecção da mãe por oropouche.

 Desafio para o controle

Diferente do Aedes aegypti, vetor da dengue, o maruim se prolifera em ambientes naturais, o que dificulta o controle. Antonio Lima Neto explica que seria necessário criar uma barreira química entre plantações e áreas habitadas, algo ainda em fase de testes.

O avanço da oropouche liga o alerta para novas estratégias de vigilância, controle vetorial e educação da população, enquanto pesquisadores seguem trabalhando para mapear áreas de maior risco e desenvolver ferramentas de enfrentamento eficazes.

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Tags: #Arboviroses#Espírito Santodoenças transmitidas por mosquitosfebre oropoucheMinistério da Saúdemosquito maruimsurto de oropouchevírus oropouche
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