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Clima pode comprometer restauração do Rio Doce, alerta estudo da Uerj

Pesquisa mostra que recuperação das margens pode não ser suficiente diante de cenários climáticos projetados até 2070.

redação Por redação
16/06/2025 - 15:15
em Cidade
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Estudo da Uerj alerta que mudanças climáticas podem comprometer restauração do Rio Doce. Sem considerar o clima futuro, medidas atuais podem perder eficácia.

Foto; Agência Brasil

As ações em andamento para restaurar o curso do Rio Doce, que banha os estados de Minas Gerais e Espírito Santo, podem não ser eficazes a longo prazo se não considerarem os efeitos das mudanças climáticas. O alerta é de uma pesquisa do Laboratório de Ecologia e Conservação de Ecossistemas (LECE) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), publicada na revista internacional Ambio em abril de 2025.

Intitulada “Adaptive Restoration Planning to Enhance Water Security in a Changing Climate”, a pesquisa destaca que diferentes cenários climáticos projetados para 2070 podem alterar significativamente a dinâmica de erosão nas margens da bacia, aumentando o transporte de sedimentos e prejudicando a qualidade da água.

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“Sem incorporar o clima futuro, o que se espera hoje da restauração pode não se confirmar ao longo dos anos”, alerta a professora Aliny Pires, orientadora da pesquisa.

Distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG), atingido pelo rompimento de duas barragens de rejeitos da mineradora Samarco Antonio Cruz/ Agência Brasil

O estudo, desenvolvido pelo biólogo Luiz Conrado Silva durante seu mestrado em Ecologia e Evolução na Uerj, utilizou a metodologia InVEST (Integrated Valuation of Ecosystem Services and Tradeoffs), da Universidade de Stanford. O foco foi analisar como a recuperação da vegetação nativa, prevista na Lei de Proteção à Vegetação Nativa (LPVN) de 2012, pode influenciar a qualidade da água diante dos impactos climáticos.

Desastres e impacto social

O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), completa 10 anos em novembro de 2025. O desastre ambiental liberou cerca de 40 milhões de m³ de rejeitos de minério de ferro, afetando toda a Bacia do Rio Doce, matando 19 pessoas e impactando diversas comunidades. Em 2019, outro rompimento, em Brumadinho, agravou a situação. Estima-se que 2,2 milhões de pessoas dependam das águas do Rio Doce.

Erosão pode se intensifica

A pesquisa mostra que, com o avanço das mudanças climáticas, a erosão poderá crescer de forma expressiva. As estimativas apontam aumento da exportação anual de sedimentos nas sub-bacias:

  • Santo Antônio: +500 mil toneladas
  • Piracicaba: +345 mil toneladas
  • Piranga: +140 mil toneladas

Isso afeta diretamente a segurança hídrica de comunidades ao longo da bacia

Os dados indicam que a restauração apenas das margens, como previsto na LPVN, pode não ser suficiente, especialmente em regiões como a sub-bacia de Santo Antônio. A proposta é ampliar as áreas restauradas e incluir zonas além das margens fluviais.

Foz do rio Doce, distrito de Regência – Tânia Rêgo/Agência Brasil

Além disso, a professora Aliny Pires destaca a importância de conservar áreas já preservadas no alto curso da bacia, que muitas vezes são negligenciadas nos planos de restauração.

“É fundamental restaurar as áreas degradadas e conservar as que já estão preservadas no alto da bacia. Essas regiões têm enorme importância para a qualidade da água em toda a extensão do Rio Doce”, afirmou Aliny.

Protocolo replicável para outras regiões

Um dos diferenciais da pesquisa é a criação de um protocolo de avaliação climática e ecológica que pode ser aplicado em outras áreas degradadas do país. O estudo propõe a definição de áreas prioritárias de restauração com base em serviços ecossistêmicos, considerando também a projeção climática de cada território.

“Esse esforço não se restringe ao Rio Doce. O protocolo pode ser usado em diferentes contextos ambientais e sociais”, destaca Aliny.

Próximos passos

O grupo da Uerj pretende apresentar os resultados da pesquisa a tomadores de decisão, incluindo órgãos como ICMBio, governos estaduais de MG e ES, e empresas mineradoras.

“Nosso objetivo é que essa informação subsidie a tomada de decisões e ajude na recuperação real da Bacia do Rio Doce”, afirma a professora.

O pesquisador Luiz Conrado, atualmente doutorando na mesma área, reforça o propósito social do trabalho:

“Quis desenvolver uma pesquisa que de fato melhore a qualidade de vida das pessoas. Esse é o caminho para enfrentar a degradação.”

*Com informação da Agência Brasil. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.

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Tags: #Brumadinho#Rompimento de BarragemAmbioconservação ambientalecossistemasMarianaMudanças climáticasplanejamento ambiental HASHTAGSrestauração ecológicaRio Doceserviços ecossistêmicosUerj
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