O Botão Maria da Penha, ferramenta de resposta rápida da Guarda Civil Municipal de Vitória (GCMV), tem se destacado como um aliado fundamental na proteção de mulheres em situação de risco. Criado para fiscalizar o cumprimento das medidas protetivas previstas na Lei Maria da Penha, o dispositivo tem evitado a revitimização e prevenido tragédias na capital.
Em 2025, já foram registrados 10 acionamentos, contra 28 ocorrências no ano passado. Ao se sentirem ameaçadas, mulheres com medida protetiva acionam o botão, que pode ser carregado discretamente na bolsa ou no bolso. A partir daí, a Central de Monitoramento da Guarda recebe alerta imediato e aciona a viatura mais próxima para o atendimento.
De acordo com Jacimara Camponez, gerente de Proteção Comunitária e comandante interina da GCMV, a resposta rápida é decisiva. “Os operadores recebem a localização em tempo real e direcionam o patrulhamento de forma imediata, preservando vidas e impedindo a reincidência da violência”, explica.
O dispositivo também permite captar áudio do ambiente, auxiliando as equipes a entender a situação antes da chegada e fornecendo provas em caso de descumprimento da medida protetiva. A eficácia é comprovada: em 2025, nenhum feminicídio foi registrado em Vitória. Em 2024, houve queda de 66% nos casos em relação ao ano anterior.
Segundo Jacimara, o Botão Maria da Penha é mais que tecnologia: é um elo direto entre a vítima e o socorro imediato, garantindo direitos e fortalecendo o enfrentamento à violência de gênero.
Criada em 2006, a Lei Maria da Penha, que completa 19 anos, representa um marco no combate à violência doméstica no Brasil, reconhecendo-a como violação dos Direitos Humanos e abrangendo não apenas a violência física, mas também a psicológica, sexual, patrimonial e moral.
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