O Comando Militar da Amazônia (CMA) realizou na última sexta-feira (25/7) a cerimônia de encerramento da Operação Amazonas 2025, parte do Projeto Rondon, que retornou ao estado após 11 anos. A iniciativa reuniu 262 participantes, entre estudantes e professores de 26 Instituições de Ensino Superior (IES) de nove estados brasileiros.
Durante semanas, as equipes voluntárias atuaram em 12 municípios do interior do Amazonas e comunidades ribeirinhas nas calhas dos rios Solimões e Negro. Com apoio logístico das Forças Armadas, os rondonistas promoveram ações voltadas à educação, saúde, cultura, direitos humanos, meio ambiente, comunicação e tecnologia, totalizando 1.256 oficinas, que beneficiaram mais de 356 mil pessoas.
Educação, cidadania e desenvolvimento
O General de Exército Costa Neves, Comandante Militar da Amazônia, destacou a importância da iniciativa coordenada pelo Ministério da Defesa, com apoio do Governo do Estado. “Ganhamos pelos projetos que ficam, pelas ações implementadas. Temos jovens de 25 universidades levando a Amazônia no coração, conhecendo nossa realidade, cultura e grandeza”, afirmou.
A operação foi sediada em Manaus e teve como foco a promoção de soluções sustentáveis e inclusivas, adaptadas à realidade amazônica, contribuindo com o fortalecimento da soberania nacional e com a redução das desigualdades regionais.
Vivência transformadora
Camila Queibre, estudante de medicina do Rio de Janeiro, relatou que a experiência superou todas as expectativas. “Fomos acolhidos com muita generosidade, mesmo em cidades com poucos recursos”, disse. Em Barcelos, a equipe atuou a bordo de um navio da Marinha do Brasil, com foco na educação permanente.
Já o professor mineiro Flávio Vaz, um dos coordenadores do projeto, afirmou que a vivência foi um “grande presente” que ampliou a percepção sobre o Brasil e reforçou a importância da formação humana e social dos alunos. “O Projeto Rondon é essencial para o desenvolvimento pessoal e profissional”, destacou.
Encerramento e legado
O encerramento da Operação Amazonas 2025 foi marcado pela entrega de diplomas aos voluntários, organizados em três conjuntos (A, B e C). Mais que números, o projeto deixa um legado de cidadania e desenvolvimento, promovendo transformação social por meio da extensão universitária.
A ligação histórica entre o Amazonas e o Projeto Rondon foi reafirmada: em 2005, Tabatinga sediou o relançamento da ação; agora, em 2025, os rondonistas voltaram à região, consolidando sua importância estratégica para políticas públicas no país.
Entre os destaques inovadores da operação, está a fossa séptica ecológica com bananeiras, implantada em Santa Isabel do Rio Negro, como exemplo de solução ambientalmente consciente e replicável.
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