A Polícia Federal (PF) deflagrou, na manhã desta quarta-feira (11), a Operação Código 451, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada na falsificação e venda de diplomas de ensino superior. Os documentos eram utilizados para obter registros em conselhos profissionais e exercer ilegalmente diversas profissões, incluindo áreas como saúde, direito e engenharia.
De acordo com a PF, 26 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no Distrito Federal e em 12 estados brasileiros. Os alvos incluíam o suposto líder do esquema, além de beneficiários diretos da fraude.

Locais onde a PF atuou
- Distrito Federal: Asa Sul, Asa Norte, Sudoeste, Águas Claras, Vicente Pires
- Goiás: Goiânia, Rio Verde, Luziânia
- Minas Gerais: Barbacena, Belo Horizonte, Contagem, Unaí
- Ceará: Fortaleza
- Piauí: Colônia do Gurgueia
- Paraná: Paranaguá
- Rio Grande do Norte: Natal
- Mato Grosso do Sul: Campo Grande, Cassilândia
- Rio de Janeiro: Duque de Caxias
- Bahia: Salvador
- São Paulo: São Paulo
Durante as diligências, uma pessoa foi presa em flagrante no Piauí por porte de arma de fogo adulterada — uma arma de pressão que havia sido modificada.
Como o esquema funcionava
A investigação teve início após a apresentação de um diploma falso para obtenção de registro profissional. A partir desse caso, a PF descobriu a existência de um site fraudulento que simulava um ambiente oficial de verificação de diplomas universitários.
O portal digital, que já foi bloqueado por determinação judicial, estava hospedado em plataforma pública e tinha aparência legítima, inclusive exibindo diplomas falsos em nome de terceiros.
Cursos com diplomas falsificados identificados
- Direito
- Psicologia
- Engenharias
- Biomedicina
- Fisioterapia
- Administração
- Educação Física
A PF já identificou pelo menos 33 diplomas falsos associados ao site, que eram vendidos pelas redes sociais e por aplicativos de mensagens. O grupo criminoso atuava de forma estruturada, com divisão de tarefas para produção, venda, lavagem de dinheiro e uso dos documentos forjados.
Registros profissionais irregulares
Segundo a PF, pelo menos oito pessoas que adquiriram os diplomas falsificados já possuíam registro ativo em conselhos de classe, ou seja, estavam legalmente habilitadas a atuar profissionalmente com documentos falsos.
A corporação comunicou os conselhos profissionais competentes, que deverão tomar as medidas administrativas e disciplinares cabíveis.
Crimes investigados
- Falsificação de documento público
- Uso de documento falso
- Estelionato
- Exercício ilegal da profissão
- Receptação de documentos falsificados
A investigação segue em andamento e novos desdobramentos são esperados.
Com informação da Agência Brasil Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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