O tenente-coronel Mauro Cid iniciou, nesta segunda-feira, quatorze de julho, novo depoimento ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A oitiva, iniciada às quatorze e quinze, ocorre por videoconferência e integra o processo que investiga a tentativa de golpe de Estado durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Cid foi convocado pela Procuradoria-Geral da República como testemunha de acusação contra os réus pertencentes aos núcleos dois, três e quatro da investigação. O militar responde ao processo em liberdade por ter firmado acordo de delação premiada com a Polícia Federal, o que o obriga a prestar esclarecimentos formais sempre que chamado.
A audiência, conduzida diretamente pelo ministro Moraes, é restrita: não são permitidas gravações, fotos ou transmissão ao vivo. No entanto, os advogados de defesa dos réus e representantes da imprensa podem acompanhar o depoimento.
Nova fase do processo
O caso entra em nova fase a partir desta semana. A partir de terça-feira, quinze de julho, começam os depoimentos das testemunhas indicadas pelas defesas dos réus ligados aos três núcleos que ainda não foram ouvidos. As oitivas devem se estender até o dia vinte e três de julho.
Em junho, o Supremo já havia colhido os depoimentos referentes ao núcleo um, composto por Jair Bolsonaro e seus principais aliados políticos e militares.
Veja quem são os acusados em cada núcleo da trama golpista
Núcleo 1
Jair Bolsonaro, Mauro Cid, Alexandre Ramagem, Almir Garnier, Anderson Torres, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.
Núcleo 2
Filipe Martins, Marcelo Câmara, Silvinei Vasques, Mário Fernandes, Marília de Alencar e Fernando de Sousa Oliveira.
Núcleo 3
Bernardo Romão Correa Netto, Cleverson Ney Magalhães, Estevam Theophilo, Fabrício Moreira de Bastos, Hélio Ferreira, Márcio Nunes de Resende Júnior, Nilton Diniz Rodrigues, Rafael Martins de Oliveira, Rodrigo Bezerra de Azevedo, Ronald Ferreira de Araújo Júnior, Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros e Wladimir Matos Soares.
Núcleo 4
Ailton Gonçalves Moraes Barros, Ângelo Martins Denicoli, Giancarlo Gomes Rodrigues, Guilherme Marques de Almeida, Reginaldo Vieira de Abreu, Marcelo Araújo Bormevet e Carlos Cesar Moretzsohn Rocha.
As investigações seguem sob sigilo, mas o STF tem avançado na análise das provas colhidas, que incluem depoimentos, documentos e trocas de mensagens obtidas em operações anteriores da Polícia Federal.
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