O novo boletim InfoGripe, divulgado na última quinta-feira (3) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), revela que os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) continuam elevados na maior parte do Brasil. Apesar de indícios de estabilização ou queda em algumas regiões, a circulação de vírus como a influenza A e o vírus sincicial respiratório (VSR) ainda pressiona o sistema de saúde.
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, os testes positivos de SRAG foram compostos por:
- 33,4% de influenza A
- 1,1% de influenza B
- 47,7% de VSR
- 20,6% de rinovírus
- 1,8% de Sars-CoV-2 (covid-19)
Entre os óbitos por SRAG, os dados são ainda mais preocupantes:
- 74,1% de influenza A
- 14,1% de VSR
- 10,2% de rinovírus
- 3,1% de covid-19
- 1,3% de influenza B
Estados em alerta
Seis estados estão com nível de alerta, risco ou alto risco, com crescimento na tendência de longo prazo: Alagoas, Mato Grosso, Paraná, Pará, Rondônia e Roraima.
A pesquisadora Tatiana Portella, do InfoGripe, explica que o aumento das hospitalizações ainda é impulsionado pela influenza A e pelo VSR, especialmente entre idosos e crianças pequenas, os dois grupos mais vulneráveis à SRAG.
“O SUS disponibiliza a vacina contra a influenza gratuitamente para os grupos prioritários. Mesmo quem já teve gripe neste ano deve se vacinar”, alertou Portella.
Ela também observou que há sinais de queda ou interrupção de crescimento nos casos entre jovens, adultos e idosos em diversas partes do centro-sul, Norte e Nordeste, mas o cenário ainda exige atenção contínua.
Situação por regiões
Enquanto a incidência da SRAG apresenta queda em estados como Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Tocantins, Bahia, Ceará, Maranhão e Paraíba, o número de casos segue aumentando em Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Mato Grosso, Paraná e Roraima.
Prevenção e cuidados
Diante da persistência dos casos, as autoridades de saúde reforçam o chamado para vacinação, cuidados com higiene, uso de máscaras em ambientes fechados em caso de sintomas respiratórios e busca precoce por atendimento médico em grupos de risco.
* Da Agência Fonte Exclusiva. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.