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Alfabetização no mangue: crianças aprendem com a natureza na Vila dos Pescadores de Ajuruteua (PA)

Projeto AlfaMangue usa o ecossistema local como sala de aula para combater a defasagem escolar em comunidades ribeirinhas do nordeste paraense.

redação Por redação
21/06/2025 - 14:36
em Brasil
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Na Vila dos Pescadores de Ajuruteua, em Bragança (PA), crianças aprendem a ler com o apoio do projeto AlfaMangue, que alia educação, meio ambiente e cultura local para transformar realidades.

Foto: Agência Brasil

Na Vila dos Pescadores de Ajuruteua, no município de Bragança, no nordeste do Pará, o abecedário tem cheiro de maré e som de caranguejo. Dentro de um galpão de palafita, sustentado por troncos para resistir às águas, crianças e adolescentes aprendem a ler e escrever associando letras a elementos do seu cotidiano: “R” de rancho, “O” de ostra, “Z” de zangão, e “M” de mangue — o ecossistema que sustenta suas famílias.

Essa abordagem integra o AlfaMangue, atividade de reforço escolar do projeto Mangues da Amazônia, voltada à alfabetização com base na realidade local e nos saberes tradicionais. “Eles aprendem a partir do espaço deles, com jogos, desenhos e fala. O mangue vira sala de aula e inspiração”, explica a professora alfabetizadora Pâmela Gonsalves.

Vila dos Pescadores de Ajuruteua, na área da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu. Fernando Frazão/Agência Brasil

Na comunidade, sem escola própria, as crianças enfrentam dificuldades para frequentar a Vila do Bonifácio, onde estudam oficialmente. A maré, que impede o acesso pela ponte, resulta em faltas frequentes e atraso na aprendizagem. O AlfaMangue preenche essa lacuna, atendendo 25 crianças em Ajuruteua e outras dezenas nos municípios de Tracuateua, Augusto Corrêa e Viseu.

O impacto é visível. Hévelly Fernandes, de 8 anos, sonha em ser pilota de avião. “Eu aprendi coisas que nem sabia que existiam”, conta, enquanto mostra seu caderno com desenhos de peixes. Sua mãe, Rutelene Sousa, comemora: “Hoje ela pega uma cartilha e sabe ler. Isso muda tudo”. A transformação foi tanta que Rutelene voltou a estudar à noite, na EJA, e agora cursa o ensino médio.

Crianças da Vila dos Pescadores de Ajuruteua participam da Alfamangue, atividade de alfabetização baseada na temática do manguezal do Projeto Mangues da Amazônia, na área da Reserva Extrativista Marinha de Caeté-Taperaçu. Fernando Frazão/Agência Brasil

O projeto Mangues da Amazônia, patrocinado pela Petrobras, vai além da alfabetização. Com ações de reflorestamento, educação ambiental e protagonismo comunitário, chega a mais de 1,6 mil crianças na região e envolve 5,6 mil pessoas diretamente. Líderes locais, como Edite Ribeiro da Silva, 61 anos, também são prova viva dessa mudança: “A gente tem que estudar para entender e lutar pelo que é nosso”.

Entre raízes de mangue que viram bancos e livros que nascem do chão encharcado, o saber floresce onde antes só havia defasagem. Na beira do rio, a educação cresce junto com a maré.

Com informação da Agência Brasil.Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.

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Tags: #Alfabetização#Inclusão SocialAlfamangueBragançaComunidades TradicionaisEducação AmbientalEnsino InfantilManguezalparaProjeto Mangues da AmazôniaSustentabilidade
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