O Memorial do Ministério Público Federal no Rio de Janeiro abre ao público, a partir de 16 de junho, a exposição “Cores, corpos e direitos: a arte da resistência LGBTQIA+”. A mostra celebra 25 anos de atuação do MPF em casos emblemáticos relacionados à defesa dos direitos da população LGBTQIA+, promovendo uma imersão poética e política entre arte e justiça.
A exposição apresenta ações judiciais e extrajudiciais que marcaram a história do país, como a pioneira ação civil pública proposta em 2000, em Porto Alegre, que garantiu o reconhecimento da união estável entre pessoas do mesmo sexo para fins previdenciários — a primeira decisão do tipo no Brasil.
Outros destaques são a ADI 4277, julgada pelo STF em 2011, que reconheceu plenamente a união homoafetiva no campo civil, e o caso Queermuseu, de 2017, cuja atuação do MPF viabilizou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Santander Cultural, assegurando a continuidade de mostras artísticas voltadas à diversidade.
Segundo o procurador da República Lucas Costa Almeida Dias, “a arte pulsa como ferramenta de resistência e celebração da diversidade LGBTQIA+, espelhando a incansável atuação do MPF na garantia de que cores, corpos e direitos sejam respeitados e protegidos”.
A curadora do Memorial, Fabiana Schneider, reforça o caráter simbólico da exposição. “Ela conduz seu público a um passeio poético pelos muitos marcos de resistência da comunidade LGBTQIA+”, diz.
O procurador Sergio Suiama acrescenta que a mostra resgata a trajetória de luta e reconhecimento de direitos dessa população desde o início dos anos 2000. “Há também sensibilidade em estabelecer um diálogo entre o direito e as manifestações artísticas”, pontua.
A exposição traz obras de artistas como Leonilson, Madalena Schwartz, Amara Moira, Alexandre Perroca, Renato Bezerra de Mello, entre outros nomes de destaque na arte queer brasileira. As obras abordam temas como identidade, afeto, exclusão, memória e liberdade de expressão.
“Cores, corpos e direitos” propõe ao visitante mais do que contemplação: convida à reflexão sobre o papel do Estado, da sociedade e da arte na luta contínua por uma sociedade plural e justa.
Fonte Exclusiva com informações da Agência Brasil.Compartilhe esta matéria do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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