A comunidade científica e o Brasil perderam uma de suas figuras mais emblemáticas. Niède Guidon, renomada arqueóloga e defensora incansável do conhecimento, faleceu na madrugada desta quarta-feira (4), aos 92 anos. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lamentou profundamente a sua morte, prestando homenagem à mulher que mudou o curso da história da arqueologia no país.
Reconhecida internacionalmente por sua atuação rigorosa e apaixonada, Niède foi responsável por descobertas que transformaram a compreensão sobre o povoamento das Américas. Sua atuação no Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí, revelou ao mundo sítios arqueológicos com vestígios datados de mais de 50 mil anos.
Fundadora da Fundação Museu do Homem Americano, membro da Academia Brasileira de Ciências e Grande Oficial da Ordem Nacional do Mérito Científico, Niède sempre defendeu a presença das mulheres na ciência e a valorização da educação como instrumento de transformação social.
Com coragem, disciplina e uma visão de futuro, deixou um legado que ultrapassa o campo da ciência, impactando também a cultura, o meio ambiente e a identidade nacional. Sua trajetória inspira gerações e continuará viva nas rochas da Serra da Capivara e nas mentes que ela ajudou a formar.
O MCTI manifestou sua solidariedade aos familiares, amigos, colegas e a todos que foram tocados por sua obra.
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