A Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, e a Universidade de São Paulo, USP, firmaram um acordo de cooperação para criar uma nova plataforma voltada a pesquisas e estudos sobre imunopatologia, oncologia, doenças infecciosas, autoimunes e condições multifatoriais relacionadas ao aquecimento global. A iniciativa vai apoiar projetos de inovação e desenvolvimento tecnológico com foco em áreas como imunologia, genética, microbiologia e farmacologia.
A nova plataforma terá sede no campus da USP em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, e contará com um modelo de governança compartilhado. O objetivo é desenvolver soluções de interesse direto para o Sistema Único de Saúde, SUS.
Segundo o presidente da Fiocruz, Mario Moreira, a força da parceria está na capacidade de oferecer respostas a casos clínicos complexos e pouco esclarecidos que chegam ao SUS. A ideia é apoiar o diagnóstico e gerar soluções por meio de pesquisas que possibilitem o desenvolvimento de produtos, protocolos ou terapias.
A estrutura dará suporte ao enfrentamento de doenças infecciosas emergentes e pandemias, além de atuar na investigação de vacinas e terapias, quando necessário.
O reitor da USP, Carlotti Júnior, destacou que as duas instituições têm competências complementares. “A inovação e a capacidade de produção são características da Fiocruz que, certamente, trarão muitos benefícios à Universidade de São Paulo e poderão acelerar os resultados que esperamos”, afirmou.
A plataforma pretende ainda fomentar a colaboração entre pesquisadores, acelerar o desenvolvimento de soluções inovadoras para doenças atípicas e reduzir custos relacionados ao tratamento de condições complexas. Entre os objetivos, está a criação de métodos e ferramentas para diagnóstico precoce e tratamentos personalizados.
A parceria prevê a alocação de pesquisadores e técnicos, com mecanismos para mobilizar, atrair e reter equipes qualificadas. Serão usados instrumentos como editais de mobilidade, cessão de servidores, apoio a projetos, concursos públicos e a recepção de visitantes nacionais e internacionais, mesmo que temporários.
Acordo assinado na terça-feira, vinte e sete de julho, define que a Fiocruz será responsável pela captação de recursos para infraestrutura, manutenção tecnológica e desenvolvimento de produtos com foco em terapias avançadas e reposicionamento de fármacos e biofármacos. A fundação também vai fornecer suporte técnico e regulatório para testes de produtos experimentais, com base em medicina de precisão.
À USP caberá disponibilizar o terreno para a construção da sede da plataforma, que deverá ter aproximadamente cinco mil metros quadrados no campus de Ribeirão Preto.
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