Durante uma sessão da Câmara Municipal de Capão Bonito, interior de São Paulo, um mal-entendido gerou controvérsia em torno da proposta de tombamento da Capela Santa Cruz, localizada no bairro Ferreira das Almas. A igreja, com cerca de 150 anos de história, é considerada um importante marco cultural e religioso da região.
O vereador Clayton Sassá (União Brasil) se posicionou contra o tombamento por acreditar, de forma equivocada, que esse tipo de ação significaria a demolição da igreja. A proposta de tombamento, na realidade, visa justamente preservar o imóvel como patrimônio histórico, impedindo alterações que comprometam sua integridade original.
Vereador se declara contra tombamento pra salvar igreja histórica de ser preservada! Em Capão Bonito (SP), Clayton Sassá (União) fez um discurso inflamado contra o tombamento da Capela Santa Cruz (150 anos) – achando que isso significaria DEMOLIR o patrimônio. #PoliticoSemNoção pic.twitter.com/pTstx0vdiD
— Diário da Guanabara (@diarioguanabara) June 9, 2025
“Se trata de uma igreja histórica, 150 anos. Não são 150 dias, não são 150 meses. Sou totalmente contrário ao tombamento dessa igreja. Ao contrário, tem que se tornar um patrimônio público e histórico do nosso município”, declarou Sassá, revelando a confusão entre os conceitos.
Mesmo se posicionando contra o tombamento, o vereador sugeriu ações que, na prática, vão na direção da preservação. Ele propôs, por exemplo, a criação de um protocolo para restringir o trânsito de caminhões na rua onde está localizada a capela, sob risco de multa. “Como se destrói algo de 150 anos de história?”, questionou, contraditoriamente.
A proposta de tombamento foi apresentada pelo vereador Daan Cabeleireiro (MDB), que encaminhou um requerimento ao Executivo municipal solicitando estudos para proteger a capela, construída ainda no século XIX.
O episódio gerou repercussão local nas redes sociais e reacendeu o debate sobre a importância da educação patrimonial e o papel das autoridades na proteção de bens históricos. Especialistas apontam que a desinformação sobre o significado do tombamento pode comprometer políticas públicas de preservação em cidades com rico patrimônio cultural, como Capão Bonito.
*Da Agência Fonte Exclusiva com informações da Agência Brasil. Compartilhe esta matéria do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
Siga o GIRO CAPIXABA no Instagram