A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou, por meio de decreto publicado nesta segunda-feira (9) no Diário Oficial do Município, o tombamento de 14 Centros Integrados de Ensino Público (Cieps), também conhecidos como Brizolões. Com a medida, qualquer alteração estrutural ou arquitetônica nos prédios dependerá de aprovação do Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural.
Os Cieps são marcos emblemáticos na paisagem carioca e na história da educação brasileira. Criados nos anos 1980 com a proposta pioneira de ensino integral, o projeto foi concebido pelo antropólogo e ex-ministro da Educação Darcy Ribeiro, em parceria com o então governador Leonel Brizola. A arquitetura icônica dos prédios ficou por conta do renomado arquiteto Oscar Niemeyer.
A decisão de tombamento ocorre às vésperas do aniversário de 40 anos do programa, celebrado em 2025, e reconhece a importância histórica, pedagógica e social dessas unidades escolares, que até hoje exercem forte influência nas comunidades onde estão inseridas.
Dentre os Cieps tombados estão unidades emblemáticas como o CIEP Presidente Tancredo Neves, primeiro a ser construído; o CIEP Leonel Brizola, que inspirou o apelido popular “Brizolão”; e o CIEP Prof. Darcy Ribeiro, homenagem direta ao idealizador do modelo. Outros destaques incluem o CIEP Thomas Jefferson, inaugurado com a presença do senador norte-americano Edward Kennedy, e o CIEP Elis Regina, que preserva objetos pessoais da cantora homenageada.
Ao todo, o estado do Rio de Janeiro possui mais de 500 Cieps, sendo 101 sob responsabilidade do município. A lista completa das unidades tombadas inclui localizações em bairros como Realengo, Bonsucesso, Humaitá, Rocinha, Campo Grande, Olaria, Ilha do Governador e Recreio dos Bandeirantes.
Além da relevância arquitetônica e educacional, muitos desses Cieps funcionam como polos culturais e comunitários, promovendo eventos, feiras e ações sociais que reforçam seus vínculos com a população local.
A medida da prefeitura reafirma o valor dos Cieps como patrimônio cultural do Rio de Janeiro e sinaliza a intenção de preservar não apenas seus edifícios, mas o legado pedagógico e social de um dos projetos educacionais mais ousados já realizados no Brasil.
Fonte Exclusiva com informações da Agência Brasil.Compartilhe esta matéria do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
Siga o GIRO CAPIXABA no Instagram