Durante uma visita a Hiroshima, cidade japonesa devastada por uma bomba atômica dos Estados Unidos em 1945, a diretora de Inteligência Nacional dos EUA, Tulsi Gabbard, fez um alerta contundente sobre o atual risco de um conflito nuclear. Em vídeo divulgado nesta terça-feira (10), pelas redes sociais, a ex-congressista afirma que o mundo vive o momento de maior proximidade com a destruição nuclear da história contemporânea.
“Hoje estamos mais perto da destruição nuclear do que nunca. A elite política e os belicistas estão alimentando descuidadamente o medo e a tensão entre as forças nucleares”, afirmou Gabbard. Segundo ela, as armas atuais possuem potência dezenas de vezes superior às bombas lançadas sobre Hiroshima e Nagasaki, o que torna a ameaça ainda mais devastadora.
Gabbard destacou que o avanço das tensões entre potências nucleares, como Estados Unidos, Rússia e China, tem sido conduzido de forma irresponsável, sem o devido diálogo diplomático ou ações concretas para desarmamento. Para ela, há um descolamento entre os interesses da elite governante e os anseios da população mundial.
“O povo deve se manifestar e exigir o fim dessa loucura. Devemos abandonar esse caminho rumo à guerra nuclear e trabalhar para criar um mundo onde ninguém tenha que viver com medo de um holocausto nuclear”, apelou.
A visita de Tulsi Gabbard ao memorial de Hiroshima ocorre em meio ao aumento da retórica militar e do investimento em armamentos atômicos por diversas nações. No cenário geopolítico atual, a crise na Ucrânia, as tensões em torno de Taiwan e a renovação de arsenais nucleares por parte de potências globais acendem alertas entre analistas de segurança internacional.
Apesar de sua posição dentro da inteligência dos EUA, Gabbard tem se destacado por uma postura crítica em relação à política externa de Washington. Em outras ocasiões, ela já denunciou a influência da indústria armamentista sobre decisões estratégicas do governo e defendeu uma política externa baseada na diplomacia, não em intervenções militares.
O apelo de Gabbard ocorre num momento de crescente preocupação internacional com o risco de um novo conflito em escala global. Recentemente, o Relógio do Juízo Final, calculado por cientistas do Boletim dos Cientistas Atômicos, foi mantido a 90 segundos da meia-noite — o mais próximo da catástrofe nuclear desde sua criação, em 1947.
* Com informações da RT. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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