Tragédia no Monte Rinjani expõe riscos do turismo de aventura e reforça alerta para trilhas sem segurança. A morte da brasileira Juliana Marins, de 26 anos, durante uma trilha no Monte Rinjani, na Indonésia, trouxe à tona os riscos muitas vezes ignorados no chamado turismo de aventura. Juliana caiu da borda da cratera de um vulcão na madrugada do último sábado (21). O corpo foi encontrado apenas nesta terça-feira (24), após quatro dias de buscas em meio à difícil geografia do local.
Segundo a Agência Nacional de Busca e Resgate da Indonésia (Basarna), a demora no início do resgate ocorreu porque as autoridades só foram informadas horas após o acidente, quando um integrante do grupo conseguiu descer até um posto mais próximo.

Casos como esse acendem um alerta sobre a importância do planejamento prévio, da estrutura local adequada e da cautela com as condições climáticas, principalmente em ambientes de mata fechada e terreno acidentado.
No Brasil, o aumento de ocorrências semelhantes também preocupa. O Corpo de Bombeiros de Santa Catarina atendeu recentemente dois casos de pessoas perdidas em trilhas – um no Morro do Cambirela, em Palhoça, e outro no Pico da Teta, em Balneário Camboriú. Já na Bahia, duas jovens foram resgatadas após se perderem nos cânions do Rio São Francisco, em Paulo Afonso.
Cuidados essenciais para trilhas seguras
Diante do crescimento dessas ocorrências, especialistas e corporações como os bombeiros reforçam as principais orientações de segurança:
- Planejamento: pesquise sobre o percurso, o grau de dificuldade e o tempo estimado. Nunca subestime a trilha.
- Previsão do tempo: evite sair em dias de chuva, ventos fortes ou baixa visibilidade.
- Equipamento adequado: use roupas leves, impermeáveis, e calçados com boa aderência para terrenos irregulares.
- Hidratação e alimentação: leve água suficiente e alimentos leves como frutas ou barrinhas.
- Celular carregado: garanta bateria cheia e leve carregador portátil. Isso pode salvar vidas.
- Não vá sozinho: prefira trilhar em grupo e informe familiares sobre seu trajeto e horário de retorno.
- Siga trilhas sinalizadas: evite rotas desconhecidas ou atalhos.
- Em caso de emergência: mantenha a calma e acione o Corpo de Bombeiros pelo 193.
“Essas situações destacam a importância da prevenção. O turismo de aventura pode ser seguro, desde que praticado com responsabilidade”, ressaltou o Corpo de Bombeiros de SC.
A tragédia envolvendo Juliana Marins é um alerta duro, mas necessário. Explorar a natureza é um privilégio – mas exige preparo, respeito ao ambiente e atenção redobrada à própria segurança.
*Com informação da Agência Brasil. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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