O presidente da Rússia, Vladimir Putin, se reuniu nesta quarta-feira (18) com a presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, à margem do Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo (SPIEF). A conversa reforçou a cooperação no âmbito dos BRICS e a busca por soluções financeiras que fortaleçam a soberania dos países emergentes.
Durante o encontro, Putin expressou sua “enorme satisfação” em reencontrar a ex-presidente brasileira e a parabenizou pela reeleição à presidência do banco. Ele enfatizou que a Rússia atuou diretamente para garantir sua permanência na liderança da instituição.
“Todos os participantes do banco apreciam muito seu trabalho. E de fato: recentemente, o NDB aprovou e financiou cerca de 120 projetos no valor de US$ 39 bilhões”, destacou Putin.
Apesar dos avanços, o presidente russo afirmou que há ainda muitos desafios a enfrentar. Entre eles, destacou a necessidade de ampliar o uso de moedas nacionais nas transações entre países membros do BRICS, além da criação de uma plataforma digital para liquidações e investimentos.

“Refiro-me tanto à expansão da possibilidade de liquidações em moedas nacionais quanto a novos esforços conjuntos para criar uma plataforma digital. Sei que você apoia todos esses esforços e estou disposto a trabalharmos juntos nessas áreas”, pontuou.
Dilma Rousseff agradeceu o apoio da Rússia à sua reeleição e garantiu que fará “o melhor que puder” para exercer sua função. Ela também concordou com as prioridades apontadas por Putin e reafirmou a importância de promover liquidações em moedas locais e expandir o papel do BRICS na economia global.
“São questões fundamentais para a construção de um sistema financeiro mais justo e multipolar”, declarou Dilma.
O 28º Fórum Econômico Internacional de São Petersburgo acontece de 18 a 21 de junho, com o tema “Valores compartilhados: a base para o crescimento em um mundo multipolar”. O evento reúne líderes políticos, autoridades financeiras e representantes empresariais de dezenas de países, em uma agenda que reflete os esforços para reformar a arquitetura econômica global e reduzir a dependência do sistema financeiro ocidental.
*Com informação da Agência RT Brasil. Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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