O porta-voz da presidência russa, Dmitry Peskov, comentou nesta quarta-feira (16) a proposta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de vender armas a países europeus para que sejam posteriormente enviadas à Ucrânia. Segundo Peskov, a iniciativa não traz novidades quanto à prática, sendo uma questão puramente comercial.
“A venda de armas americanas à Ucrânia é um negócio. As entregas já existiam antes. Ninguém as impediu. A questão agora é apenas quem pagará por elas”, afirmou.
O plano de Trump, confirmado com o anúncio de remessa de mísseis Patriot ao exército ucraniano, busca transferir o custo das armas para países europeus. Entretanto, Peskov destacou que já existem divergências entre os aliados ocidentais. “Os franceses se recusaram a pagar por esses suprimentos. Os tchecos também não estão dispostos. Agora haverá divergências sobre quanto pagar, quanto dinheiro será necessário”, disse.
Para o Kremlin, o atual momento reflete uma postura de militarismo exacerbado por parte dos países europeus. “Os europeus estão demonstrando um impulso militarista absolutamente insano, proclamando a intenção de gastar somas incalculáveis na compra de armas para prolongar ainda mais a guerra”, criticou.
Peskov alertou ainda para os impactos sociais dessas decisões. “Se esses países destinarem seus orçamentos à compra de armamentos, não sobrará nada para os cidadãos”, afirmou. Ele também questionou o que chamou de “estado emocional intenso” e “falta de racionalidade” entre os líderes europeus.
As declarações do Kremlin ocorrem em meio a um aumento da tensão entre Rússia, Estados Unidos e aliados europeus, com a guerra na Ucrânia se aproximando de três anos e sem sinais de resolução no curto prazo.
*Compartilhe este editorial do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
Siga o GIRO CAPIXABA no Instagram