As forças militares de Israel emitiram na manhã desta segunda-feira (16), por volta das 10h30 no horário de Brasília, um alerta de evacuação em língua persa direcionado à população de Teerã, capital do Irã. O comunicado indica que novos ataques aéreos israelenses estão programados para as próximas horas, com foco em alvos de infraestrutura militar.
A escalada no conflito agrava a já instável situação no Oriente Médio, onde mais de 224 pessoas foram mortas no Irã desde o início dos bombardeios israelenses, segundo o Ministério da Saúde iraniano. Ainda de acordo com autoridades locais, 90% das vítimas seriam civis, incluindo crianças e pacientes hospitalares.
Infraestrutura militar e civil sob ataque
Israel afirma que os bombardeios têm como alvo instalações militares estratégicas. O porta-voz das Forças Militares Israelenses, Effie Defrin, declarou que foram atacados mais de 20 quartéis, cem lançadores de mísseis terrestres, sistemas de radar e instalações de energia. Um dos pontos mais distantes já atingidos foi o Aeroporto de Mashhad, no nordeste do Irã — a mais de 2,3 mil quilômetros de Israel — onde, segundo militares israelenses, um avião de reabastecimento iraniano foi destruído.
Por outro lado, autoridades iranianas denunciam ataques deliberados a áreas civis, incluindo um hospital infantil universitário e o prédio do Ministério das Relações Exteriores em Teerã. O ministro Esmaeil Baghaei afirmou que a ofensiva representa uma violação clara do direito internacional. A agência de notícias estatal iraniana divulgou imagens de civis feridos, incluindo crianças, em meio aos destroços em bairros residenciais.
Lado israelense também contabiliza vítimas
Em Israel, 24 pessoas morreram em consequência dos ataques iranianos. Segundo as autoridades, quase 600 ficaram feridas, incluindo 10 em estado grave. Os danos decorrem de mais de 370 mísseis balísticos de médio alcance e centenas de drones, lançados pelo Irã nos últimos quatro dias. Pelo menos 30 locais em território israelense foram atingidos.
Durante visita à cidade de Petah Tikva, onde quatro civis morreram, o presidente israelense, Isaac Herzog, prestou solidariedade às famílias das vítimas. Já o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu afirmou que a “cidade de Teerã está em chamas” graças à ação das forças israelenses, declarando que a “Força Aérea de Israel controla os céus de Teerã”.
Risco de escalada e reações internacionais
A retórica inflamada e os ataques bilaterais acendem o alerta de uma possível guerra em larga escala. Especialistas em segurança internacional alertam para o risco real de envolvimento de outros países da região, especialmente após denúncias de ataques a infraestruturas civis.
A comunidade internacional segue dividida. Países como Rússia, China e Brasil condenaram os ataques de Israel, enquanto membros do G7 reiteraram o direito de Israel à autodefesa, mesmo diante das acusações de uso excessivo da força.
*Com informação da Agência Brasil.Compartilhe esta reportagem do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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