A produção mundial de plástico pode alcançar a marca alarmante de 1,2 bilhão de toneladas por ano até 2060, caso não haja mudanças drásticas no modelo de consumo e descarte atual. O alerta vem de um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e ganha ainda mais relevância neste 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.
Segundo o estudo, o plástico de uso único e o crescimento do consumo em países em desenvolvimento são os principais vetores dessa projeção. O cenário é crítico: apenas 9% de todo o plástico produzido no mundo é reciclado. O restante é descartado em aterros, incinerado ou, pior, jogado no meio ambiente, comprometendo oceanos, solos e até a saúde humana.
Os riscos de um colapso ambiental
Se o ritmo atual continuar, os ecossistemas enfrentarão um verdadeiro colapso. Estimativas indicam que, até 2060, haverá mais plástico do que peixes nos oceanos. Microplásticos já foram encontrados em água potável, ar atmosférico e até na placenta humana. A ameaça é invisível, mas real.
O que pode ser feito?
Para especialistas, é urgente investir em economia circular, reduzir o consumo de plásticos descartáveis e criar incentivos reais para a reciclagem. Governos, empresas e consumidores precisam agir juntos. Entre as ações possíveis estão:
- Proibir plásticos de uso único
- Estimular embalagens reutilizáveis
- Criar políticas públicas de incentivo à reciclagem
- Investir em educação ambiental
- Promover inovação em materiais biodegradáveis
Brasil: desafios e oportunidades
O Brasil está entre os maiores produtores de lixo plástico do mundo, mas recicla menos de 2%. Ao mesmo tempo, o país possui um dos maiores potenciais de reaproveitamento de resíduos sólidos. A implementação efetiva da Política Nacional de Resíduos Sólidos, aliada ao fortalecimento de cooperativas de catadores, é um caminho viável para virar esse jogo.
Reflexão no Dia Mundial do Meio Ambiente
O tema escolhido pela ONU para o Dia Mundial do Meio Ambiente 2025 reforça o combate à poluição plástica como prioridade global. A data serve de alerta e convite à ação: o futuro do planeta depende do que fazemos agora.
*Da Agência Fonte Exclusiva com informação TV Brasil e Direto da Redação. Compartilhe este artigo do Giro Capixaba, o melhor site de notícias do Estado do Espírito Santo.
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